cio, o facto de ter mantido a estrutura à vista, também é o respeito pelo enquadramento que ele teve enquanto edifício fabril. Portanto, obviamen-te que tentamos de alguma maneira respeitar ou fazer uma ligação com aquilo que é o passado e a história dos espaços. Estamos a falar de espaços que foram reconvertidos, espaços que já existiam. Temos outros espaços que são feitos de raiz, e aí obviamente que a modernidade é um dos fatores que define a decoração.
Que artista é responsável por dar forma a este sonho?
Trabalhámos durante muitos anos com a Maria José Salavisa, que foi uma das grandes decoradoras de interiores do século XX em Portugal, sempre com o apoio do João José Rocha, que trabalhou de muito perto com ela. Portanto, todos os espaços K tiveram sempre o cunho pessoal do João José e essa situa-ção mantém-se. Os espaços que estamos neste momento a projetar e a construir têm a sua marca, as ideias dele, enfim, de tudo o que ele vai aprendendo e assimilando nas viagens e nos estudos que faz.
O lazer e a cultura são o cartão de visita de uma cidade. De que forma está Lisboa a beneficiar des-ta oferta recreativa?
Nos anos 80 e 90, altura em que surge realmente o Grupo K, houve uma alteração de mentalidades e de necessidades. Com a interpretação que nós fazemos das necessidades atuais, não só das pessoas que vivem a cidade e vivem na cidade, mas também dos muitos milhares de pessoas que procuram Lisboa, não apenas pelo turismo cultural, mas obviamente também o lazer. Nós conseguimos também interpretar essas vontades e necessidades e adequamos as nossas ofertas às necessidades de quem nos visita. No nosso caso, não só a nível do lazer, mas também a nível da oferta gastronómica. Devo dizer que o Kais, neste momento, será visitado 80% por estrangeiros. Portanto, é uma referencia gastronómica no panorama internacio-nal. Muitas das pessoas que visitam Lisboa, muitas vezes estão possivelmente a passar férias noutros países europeus. Vêm a Lisboa fazer um short break de dois, três dias e procuram, por exemplo, o Kais ou a noite em algum dos nossos espaços, porque já ouviram falar e têm boas referencias acerca dos locais.
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REGIÕES | Arrendar Lisboa Com Paixão | Entrevista
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