Curvilínea - 1ª Edição Revista Final | Page 10

Foto: Edwin Lee Vênus de Milo No Renascimento a mulher era representa- da nas pinturas e esculturas com os cabelos al- vos e compridos, a pele clara, o pescoço longo e os ombros e peitos fortes como ideal de bele- za. Mas no século XIX, mesmo com as curvas ainda sendo valorizadas, a forma de ampulhe- ta, construída com os espartilhos que compri- miam o busto e a cintura, ganhou o cenário. A cintura fina se contrapondo com os braços e pernas carnudos sugere uma redução no volu- me, surgindo um novo padrão de beleza. Uma coisa é comum em todas as épocas: o corpo feminino sempre disciplinado para estar o mais próximo possível do que se considera o modelo de perfeição. 10 Toda mulher, independente do mane- quim que usa, sabe como é difícil acom- panhar as tendências e exigências não só do mundo da moda, mas também da so- ciedade. Talvez nunca saberíamos quem foi Marylin Monroe se na década de 60 os corpos curvilíneos não fossem exaltados. E nem a Angelina Jolie seria uma bom- bshell (símbolo sexual) desde a década de 90, se o corpo atlético não ganhasse evidência. O ideal de corpo escultural e sarado foi conquistando mais espaço, desde então, e hoje se torna evidente a busca incontrolável das pessoas por este padrão de beleza.