Cultura RPG: Qual foi o seu primeiro contato com o RPG? E a partir daí, você já imaginava um dia que ia trabalhar com RPG?
Rogerio Saladino: Meu primeiro contato com RPG foi num evento de Star Trek, que um colega da facul-dade estava participando da organi-zação. Uma das atividades era uma mesa de RPG onde os jogadores interpretavam os personagens de Star Trek. Eu já tinha visto alguns livros-jogos, mas não uma sessão ao vivo. Eu fiquei falando com o pessoal que estava fazendo a de-monstração, e depois acabei partici-pando de outras sessões de divulga-ção nos finais de semana seguintes. Depois disso, comecei a jogar prati-camente todo final de semana. Nes-sa época eu nunca imaginei que tra-balharia com RPG, eu era apenas um jogador entusiasta.
CRPG: Pergunta básica: Qual é o seu sistema de RPG favorito? E seu cenário favorito?
RS: É sempre difícil dizer qual é o meu sistema favorito, ainda mais que agora eu sou co-autor do Tormenta RPG. Sempre gostei muito do D&D e suas versões (exceto a 4ª edição), gosto muito do sistema D20 e alguns de seus derivados. Gosto muito tam-bém do Pathfinder RPG, que conti-nuou muito bem o sistema D20. Meu cenário favorito é Ravenloft, a linha de terror gótico do D&D.
CRPG: Quando você conheceu o RPG em 1991, era fácil ter acesso ao jogo?
RS: Não era muito fácil, não. Eu comecei a jogar num lugar onde havia uma loja que importava livros, de RPG inclusive, então a gente tinha algum acesso, mas os livros eram relativamente caros (pra gente, na é-poca). A Devir trazia RPGs e traduziu
entrevista
Um dos principais objetivos do Museu do RPG é trazer ao hobby um status mais respeitado, do qual é merecedor. Esta revista busca cumprir este objetivo, trazendo o RPG como Cultura. Sobre o tema, entrevistamos Rogerio Saladino, da Jambô, um dos nomes mais importantes do RPG nacional.
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por Priscilla Tôrres