CULT 167 CULT 167 - ABR 2012 | Page 16

A primavera de Praga

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Grand Prix do Festival de Cannes pelo seu primeiro filme americano, Taking Off (1971) -, fazia sua estreia oficial em Hollywood. Naquele ano, superava Frederico Fellini, Stanley Kubrick e Sidney Lumet como melhor diretor na cerimônia do Oscar - ano em que seu Um Estranho no Ninho entrava para o seleto rol de um dos únicos três filmes na história do evento a levar os cinco prêmios principais (melhor filme, diretor, roteiro, ator e atriz). Aos 80 anos e com sucessos como Hair, Amadeus, Valmont, O Povo Contra Larry Flint e O Mundo de Andy em seu currí-culo - que serão exibidos entre 17 e 19 de abril em uma mostra completa de sua obra na Caixa Cultural do Rio de Janeiro -, Milos Forman concedeu à CULT uma entrevista exclusiva, por telefone, de sua casa, em Connecticut, nos EUA. Com sotaque ainda carregado, apesar das quatro décadas de exílio, o diretor relata curiosidades de bastidores de seus dois grandes filmes: a história de como chegou até ele, dez anos atra-sado, o livro que serviu de base para Um Estranho no Ninho; e a origem dos trejeitos do Mozart que retratou em Amadeus: "uma velhinha de Praga escreve para sua prima, outra velhinha de Paris, dizendo que estava horrorizada com o som animalesco da risada do jovem Mozart".

m 1976 - já com duas indicações ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por seus filmes tchecos Amores de Uma Loira (1964) e A Bola de Bombeiros (1967) e um

Em entrevista exclusiva à CULT, o cineasta tcheco Milos Forman, que ganha retrospectiva completa no Rio, fala da produção de Um Estranho no Ninho e Amadeus e explica como era viver sob o comunismo

Marília Kodic