Entrevista feita por seu pai com breve relato
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VII
Isadora Krieger Mwewa | 9 anos Florianópolis/SC
Pandemia, escola e amor
No presente texto, trazemos as reflexões (conteúdo) da Isadora Krieger Mwewa, de 9 anos. O texto, em forma de entrevista que pretende trazer à luz algumas experiências da quarentena do ponto de vista de alguém que vê o mundo da altura de 1m36cm, foi produzido para compor o dossiê da quase(revista) Contemporânea. Em casa e de forma livre, a entrevista se deu na mesa da sala onde realizamos as tarefas escolares, trabalhos remotos, jogos, assistimos a alguns curtos vídeos, nos entranhamos em aplicativos de entretenimento, dentre outras atividades. Ou seja, ali era o lugar do encontro.
Ao ler o e-mail que tratava do convite para participar do dossiê, logo perguntei à Isadora (Isis) se poderia uisvista-la. A resposta foi imediata: sim, sem mesmo saber do que se tratava. Antes de iniciarmos, esclareci do que se tratava e ela, sem se importar muito, seguiu recortando os pedaços de papel nos quais ela preparava um jogo de combinação entre adivinhações e conhecimento linguístico em línguas estrangeiras as quais ela dizia dominar, pois “balbuciava” algumas palavras (francês, espanhol e inglês). Por fim, com o Google tradutor no seu telefone, ela passou a pesquisar como se diziam aquelas palavras em chinês. Após saber como se pronunciava, Isis copiava a caligrafia e mimetizava a forma de falar (pronúncia) aos risos compartilhados com o papai.