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O workshop teve a duração de 6horas intensivas dividido em duas sessões. Ao chegar ao atelier, a professora Rita, uma das residentes e ceramistas profissionais, abriu-me a porta. O espaço estava vazio, tinha sido alugado para aquela aula. Chegaram mais duas alunas, uma francesa e outra alemã. Tinha-se formado um grupo engraçado. A cada, foi-nos atribuído um avental e a Rita começou por nos mostrar o passo a passo: pegou no barro, amassou-o e voltou a amassá-lo, atirou o, agora bem amassado, barro para a roda e centrou-o. Ligou a roda, molhou as mãos no balde de água e começou a moldar a peça. Calcou, empurrou, afunilou, e muitas técnicas até surgir um cilindro, um copo.
Agora era a nossa vez.
Cada uma tinha 3 bocados de barro, um pequeno, outro médio e um grande. Cada um pesado com um propósito. O primeiro foi para criar um cilindro, um copo, o segundo uma peça aberta, uma tigela, e o terceiro uma peça mais alta e fechada, um vaso de flores.
Começámos por amassar os nossos bocados. É a parte mais fácil mas também a mais difícil, há uma técnica, um jeito de amassar para que o barro não cole à mesa nem crie bolhas. Todas precisámos de ajuda. Seguimos para as nossas rodas, cada uma na sua, e começámos a calcar, empurrar, afunilar e tudo mais, sempre com o acompanhamento da Rita.
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