Introdução
Contextos virtuais e presenciais de aprendizagem estão cada vez mais presentes na prática do professor de línguas, principalmente por propiciar aos aprendizes de línguas estrangeiras oportunidades de interações orais e escritas com pessoas fluentes nas línguas em que estão aprendendo. Em ambientes de aprendizagem formal, essas interações tornam-se ainda mais enriquecidas quando os aprendizes fazem uso da língua estrangeira para conversar ou para escrever sobre assuntos que lhes são significativos.
Nesse sentido, associar aprendizagem de línguas ao ensino de outros conteúdos tem se mostrado um caminho efetivo para a prática da língua em aprendizagem e para a construção de saberes específicos. Quando realizada sob esse escopo, a aprendizagem da língua deixa de ser percebida como um conteúdo a ser aprendido e torna-se o elemento primordial da interação.
É nessa perspectiva que duas Instituições de ensino uniram-se para realizar um projeto colaborativo em que a coconstrução do conhecimento desempenhasse o papel de mola propulsora para trocas culturais e linguísticas entre estudantes de instituições geograficamente distantes: o IFG, no Brasil e a NOVA, nos Estados Unidos da América. Assim nasce o projeto intitulado‘ Internacionalização: interfaces do conhecimento entre o IFG e a NOVA’
A fase de idealização do projeto constituiu-se de visitas dos professores da NOVA ao IFG com o intuito de conhecer como os professores brasileiros desenvolviam estudos na área de Línguas e de Ciências Ambientais. A partir dessas visitas, duas professoras do IFG, uma de língua inglesa e outra de Ciências Ambientais, e dois professores de Biologia da NOVA iniciaram o design do projeto. Foi estabelecido que a NOVA ofertaria uma disciplina no Câmpus de Annandale, Virgínia, para estudantes que desejassem, além de estudar sobre meio-ambiente, aprender sobre biomas brasileiros, especificamente sobre o Cerrado. Ao mesmo tempo no IFG, as professoras brasileiras ofertaram um projeto de pesquisa para alunos que possuíam fluência em língua inglesa, nível intermediário, e que queriam aprender sobre o Cerrado por meio de encontros virtuais com estudantes estrangeiros. Atividades diversas, em contextos geograficamente distantes, contudo com interesses comuns: promover o rompimento de fronteiras geográficas, unificando diferentes áreas do conhecimento, aproximando línguas, culturas e pessoas.
Nessa perspectiva, Luz( 2010) afirma que para as instituições de ensino acompanharem o desenvolvimento tecnológico da sociedade comtemporânea faz-se necessário
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