Congresos y Jornadas Didáctica de las Lenguas y las Literaturas - 2 | Page 701

Vale ressaltar ainda, a título de configuração contextual, que a influência da cultura hispânica no Brasil, não se deve somente às delimitações territoriais entre Brasil e países que possuem o espanhol como língua oficial, mas também porque: A partir de 1908 (...) Destacam-se também neste período os imigrantes libaneses (árabe) e espanhóis (incluindo falantes do galego e catalão) que procuraram o Brasil, fugindo de problemas políticos em seus países de origem. [...] O quadro se completa com as línguas faladas nas fronteiras, com destaque para o “fronteiriço” falado pelos descendentes de portugueses no noroeste do Uruguai, os brasiguaios (em contato com espanhol e guarani) no Paraguai e o bilinguismo de trabalhadores na Guiana Francesa. (HEYE E VANDRESEN, 2006, p. 384). De fato, são várias as cidades que possuem limites fronteiriços com o Brasil, é possível citar algumas, conforme explanação feita por Lipski (2011) “[...] Leticia – Colômbia, fronteira com o estado do Amazonas; Iñapari – Peru, fronteira com o Acre; Guayramerín – Bolívia, fronteira com Rondônia; Capitán Bado – Paraguai, fronteira com Mato Grosso do Sul; Paso de los Libres – Argentina, fronteira com o Rio Grande do Sul, entre outras [...]”. (LIPSKI, 2011, p. 88). No Paraná, temos Ciudad del Leste e Salto del Guairá – fronteiras com o Paraguai, bem como Puerto Iguazú – fronteira com a Argentina. Diante dos contornos acima delineados, fica evidente que a língua espanhola está presente em diversos estados e cidades brasileiras, sobretudo, em contextos de fronteira geográfica. Como é possível observar no mapa a seguir: Investigación y Práctica en Didáctica de las Lenguas 687