Congresos y Jornadas Didáctica de las Lenguas y las Literaturas - 2 | 页面 196
que o material com que trabalha a literatura é fundamentalmente a
palavra e que, portanto, estudar literatura significa também estudar língua e vice-versa” (2001, p.18). Se essa concepção fosse abordada em sala de aula “[...] o ensino da literatura passaria a ser vivenciado da obra literária enquanto experiência transformadora e não
simplesmente como a assimilação de mecanismos codificados de
escuta e apreciação” (OSAKABE, 2001, p.28). Para completar a concepção, consideramos o que diz Mügge e Saraiva (2006, p.30):
A noção de texto literário, compreendido como universo ficcional que, entretanto, traduz dimensões sociais, históricas e culturais, se complementa com o reconhecimento de que ele é,
essencialmente, um fenômeno de linguagem.
Então, o ensino de Língua e Literatura precisa ter como ferramenta principal a relação texto-leitor no processo discursivo, respeitando as características próprias entre ambas e tornando-as articuladas, consistentes e formadoras. Com a integração entre
Língua e Literatura, pode-se estudar o fenômeno literário dentro e
fora da sala de aula, não como obrigação, mas com sentimento de
prazer e satisfação pessoal.
Assim, um dos nossos eixos de integração e articulação tem se
firmado na proposição dada por Mügge e Saraiva (2006, p.45) ao dizer que:
Língua e literatura constituem um binômio cujos termos mantêm uma relação de unidade e de harmonia, quando se trata de
seu ensino [...]. Uma convergência e uma simultaneidade de saberes e de competências concorrem para o estabelecimento dessa relação: a aquisição de um corpus lexical, o domínio gradativo
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Investigación y Práctica en Didáctica de las Lenguas