Coluna CULTíssimo Edição 08 - Dercy Gonçalves | Page 6
LiteraLivre nº 8 – Mar/Abr de 2018
mulher
como
artista:
corajosa,
independente, lutadora.
Sua figura tornou-se cult e icônica,
apesar
de
ainda
desmerecida
e
atacada pela mídia, que desdenha de
seu legado, mas tenta se aproveitar
do carinho que o público tem por sua
pessoa. Um exemplo disso aconteceu
em
2016,
quando
“apresentador”
(que
um
me
certo
nego
a
pronunciar o nome), em sua guerra
por audiência, “violou” o mausoléu
A mídia negligente e destrutiva do Brasil onde ela está enterrada, para ver se
sempre tentou diminuir a importância da seu caixão estava mesmo em pé,
arte e da figura emblemática de Dercy protagonizando uma das cenas mais
Gonçalves, tentando fazer com que as vergonhosas e absurdas da televisão
pessoas a enxerguem como uma “velha brasileira, que gerou revolta entre os
desbocada”, motivo pelo qual a escritora expectadores e fãs.
Maria Adelaide Amaral fez de tudo para
adaptar o livro Dercy de Cabo a Rabo
para a T.V. e após muitas dificuldades
(patrocinadores diziam não querer seus
nomes ligados a “alguém” como Dercy)
conseguiu
lançar
na
Rede
Globo
a
minissérie “Dercy de Verdade” em 2011,
com direção de Jorge Fernando.
Em 2012, Dercy entrou para o famoso Faz 10 anos que o Brasil perdeu a
Guinness Book, o Livro dos Recordes, representante máxima do teatro e do
reconhecida mundialmente como a atriz humor e por isso, no mês da mulher,
que trabalhou mais tempo nos palcos e quis fazer essa singela homenagem, a
também como única atriz do mundo com uma mulher inesquecível, que sempre
mais de 100 anos a atuar num filme. foi
uma
das
minhas
maiores
inspirações como pessoa e artista,
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