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Ciência, café e cultura:
uma experiência inesquecível de diálogo entre ciência e sociedade
no CEFET-MG
Para Duncan Dallas (1940-2014)
Maio de 2010, segundo semestre em curso do meu doutorado na Faculdade
de Educação da UFMG , aceitei uma proposta, no mínimo desafiadora: sair de
minha zona de conforto – pesquisar sobre processos de concepção de expo-
sições de ciência e tecnologia – para adentrar no mundo, naquele momento
para a academia, ainda incipiente, dos cafés científicos.
Os cafés científicos são espaços fora do ambiente acadêmico que se configu-
ram como lugar de encontro da comunidade científica com a sociedade civil
para se discutir sobre ciência.
Geralmente sou adepta da escrita de textos em terceira pessoa, mas a nar-
rativa aqui descrita exigirá o trânsito entre tempos verbais.
A pesquisa se iniciou com a busca na internet pelos termos café scientifique
– francês, science café – inglês, e logo foi possível perceber que eu teria um
longo caminho pela frente. Não havia publicações de referência, apenas sites
sobre cafés científicos em diversos países do mundo.
A solução proposta pela minha orientadora, Profa. Dra. Silvania Nascimento,
na época à frente da Diretoria de Divulgação Científica (DDC) da UFMG , seria
a de desenvolver um projeto de café científico e, a partir dele, realizar a
pesquisa. Assim nasceu o Barômetro – ciência, café e debate, implantado
em 2011 pela DDC /Pró-Reitoria de Extensão da UFMG , que culminou na tese
intitulada Cafés Científicos – Interações entre a comunidade científica e a
sociedade civil em um espaço de comunicação pública da ciência.
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