Chicane Motores Maio 2020 | Page 3

M E R C A D O F 1 D E 2 0 2 0 D A C A L M A À L O U C U R A F Á B I O M E N D E S A R T I G O E X C L U S I V O © Scuderia Ferrari Press Office O mercado da F1 estava adormecido, à espera do “desconfinamento” para que as novidades surgissem. Sebastian Vettel e a Ferrari deram o tiro de partida e tudo mudou. Ninguém nos preparou para o ano de 2020. Ninguém nos disse que íamos viver um cenário idêntico àqueles filmes de domingo à tarde em que a raça humana está a um passo de desaparecer. Que nos iam obrigar a ficar em casa, o que à primeira vista até nem parecia mal, mas esqueceram-se de nos dizer que nos iam tirar o nosso entretenimento e que das milhentas categorias de corridas nenhuma nos poderia satisfazer pois nenhuma competiria. Ninguém nos disse que para passar o tempo iríamos relembrar corridas antigas para nos afastar do chorrilho de informação que de manhã nos dizem que vai ficar tudo bem e de tarde dizem que se calhar não vai ficar pior. Tem sido um período conturbado e lixado (para não usar um sinónimo começado com F) mas temo-nos aguentado e já começamos a saborear pouco a pouco algumas migalhas de liberdade. No mundo do automobilismo o cenário inicial não era o mais animador. Fomos vendo campeonatos a suspender actividade, outros a nem sequer começar sucedendo-se cenários negros de equipas a fechar e campeonatos a acabar. Fomos vendo provas a serem adiadas ou canceladas a um ritmo nada aconselhável, regulamentos serem adiados (como os regulamentos da F1 para 2021 que afinal serão para 2022, tudo para poupar dinheiro)… tudo estava em causa. Mas o mês de maio chegou e a luz ao fundo do túnel começou a brilhar. O bicho (chamemos-lhe assim), começou a abrandar e os responsáveis pelos campeonatos começaram a alinhavar calendários. Eram as primeiras notícias animadoras, mais ainda porque vimos o nome de Portimão a ser falado como possibilidade para receber a F1, uma possibilidade remota é certo, mas ainda assim melhor que nada. Foi preciso chegar a meio do mês para que a loucura do mercado da F1 tomasse conta dos media. Se até agora a Silly Season tinha sido calma e ameaçava ser enfadonha, na hora da verdade revelou-se uma das mais animadas dos últimos