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os olhos da miséria através dos olhos de uma favelada.

CAROLINA

Em 2018, ano que completaria 104 anos, o que podemos aprender com ela sobre as mazelas das periferias brasileiras?

O que posso dizer é que Carolina Maria de Jesus está em eventos literários, em debates públicos, em peças de teatro, no cinema, em letras de música, vira e mexe também na imprensa, mas pouquíssimas pessoas sabem da sua importância, o que ela foi capaz de fazer para que fosse possível conhecer a fundo a periferia que até então não passava de um lugar sem horizonte algum.

É necessário humanizar a figura de Carolina de Jesus, tentando desvinculá-la de um mito. A história mais conhecida é de que no final da década de 1950, o jornalista Audálio Dantas se deparou com uma mulher negra brigando com marmanjos, que insistiam em ocupar o parquinho das crianças na favela do Canindé, zona norte de São Paulo, e depois de uma breve conversa, ficou sabendo que aquela mulher era nada mais que Carolina Maria de Jesus, que trabalhava na maior parte do tempo como catadora de papel, e que criava sozinha três filhos pequenos, era autora de dezenas e dezenas de cadernos. Entre eles, um diário extensíssimo, que, editado por Dantas, virou o livro Quarto de Despejo

Com esta passagem, apresento-lhes a escritora Carolina Maria de Jesus, autora do best-seller Quarto do Despejo.

Alias você sabe quem foi esta mulher?

Você já ouviu falar da obra Quarto do Despejo?

“Os favelados aos poucos estão convencendo-se que para viver precisam imitar os corvos. Eu não vejo eficiência no serviço social”.

Com esta passagem, apresento-lhes a escritora Carolina Maria de Jesus, autora do best-seller Quarto do Despejo.

Alias você sabe quem foi esta mulher?

Você já ouviu falar da obra Quarto do Despejo?

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DE JESUS

por: Sarah Oliveira