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TEXTO POR
Andressa Kaliberda
ESPAÇO PARA INFORMAÇÕES
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A SOLIDÃO TEM COR E SEXO
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Imagine uma cena: uma mulher negra está ficando com um cara e o relacionamento está legal, fluindo. Mas ele diz que não quer algo sério por vários motivos, inclusive, que ele não está preparado para assumir um namoro. Eles continuam ficando até que ele termina com ela e, logo em seguida, aparece em um relacionamento sério com uma mulher branca. O resultado é que o cara estava preparado para um compromisso. Mas não com uma mulher negra. Essa é a realidade bastante comum.
De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, mais da metade das mulheres negras não vivia em união. O dado apontava para 52,52% de mulheres negras nessa condição, independente do estado civil.
“Pensar a solidão da mulher negra é algo que não se restringe apenas a relacionamentos amorosos. É preciso compreender que esta solidão está presente nas mais variadas esferas da sociedade e atinge mulheres nas suas variadas faixas etárias”, afirma a administradora e ativista digital Sazana Martins.
A solidão da mulher negra começa na infância, como isolamento em brincadeiras, passa pelas relações de amizades e amorosas, pela maternidade solo, e culmina em outras áreas da vida, como a discriminação na busca por uma vaga profissional. Para Sazana, é preciso um reconhecimento histórico acerca da raiz do problema.