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PRESIDENTE DE HONRA 2019
DO CONCURSO NACIONAL OFICIAL
DO CAVALO DE SELA DA XLIII FEIRA
NACIONAL DO CAVALO E
DA XXI FEIRA INTERNACIONAL DO
CAVALO LUSITANO
Luís Manuel Cidade Pereira de Moura, nasceu no dia 08
de Abril de 1946, em Lisboa, e desde cedo revelou gosto
e aptidão pelo desporto em geral e pelo hipismo em parti-
cular. Enquanto jovem frequentou a escola de equitação da
GNR, numa época em que os métodos de ensino garantiam
a formação de cavaleiros determinados e destemidos, qua-
lidades que já lhe eram natas e que desenvolveu e aplicou
não só no hipismo, mas na vida em geral, tendo-as também
transmitido, firmemente, aos seus filhos.
Cumpriu o Serviço Militar e frequentou a Universidade
durante um período muito atribulado da história política de
Portugal. Após finalizar o curso de Gestão (na época desig-
nado de “Finanças”) foi professor assistente e colaborou com
figuras de referência da política e da economia Portuguesa,
tendo desempenhado funções em instituições públicas de
prestígio e também em empresas privadas, seguindo um
percurso sempre marcado pelo trabalho, opção que man-
teve até aos dias de hoje.
Após o 25 de Abril e perante a oportunidade de sair do
país e enveredar por uma carreira internacional, decidiu-se
pelo caminho mais difícil, tendo ficado e lutado por aquilo
em que acreditava e foi deputado na primeira Assembleia
Constituinte da história da democracia Portuguesa. Ainda
relativamente jovem integrou a administração da então
designada “Caminhos de Ferro Portugueses, EP”, dando iní-
cio ao que viria a ser uma vida profissional sempre ligada ao
sector dos transportes.
Desenvolveu vários projectos em Angola nas áreas da recu-
peração de infraestruturas e da operação portuária, tendo
sempre sabido conciliar as longas estadias fora de Portugal
com o acompanhamento do crescimento dos filhos, na ver-
tente académica e também no hipismo. Esse foi talvez o seu
primeiro grande contributo para o hipismo português, não só
por ter transmitido aos filhos o gosto pelos “saltos”, assim,
desde logo angariando mais adeptos para a modalidade,
mas sobretudo por lhes ter dado todo o apoio logístico, no
sentido mais literal do termo, ou seja, conduzindo o camião
dos cavalos por esse país fora e participando também nas
provas, vivendo com eles essa vida dos concursos. Mas
mais importante que isso, mostrou-lhes que não há “vida
fácil” no desporto de competição e ao mesmo tempo que
lhes proporcionou a possibilidade de ter cavalos de grande
qualidade, ensinou-lhes que não há orçamentos ilimita-
dos e que as coisas devem ser feitas com muito trabalho,
esforço e dedicação. E assim, os laços e taças e os lugares
Dr. Manuel Cidade Moura
alcançados nos campeonatos nacionais de iniciados, juvenis
e juniores tiveram um sabor especial!
Em 1991, foi Presidente da Sociedade Hípica Portuguesa,
tendo-se empenhado, mais uma vez com coragem e deter-
minação, em defender o direito à permanência deste clube
no centro de Lisboa e assegurando o enquadramento con-
tratual necessário a garantir esse direito no futuro. Fez
com certeza um excelente trabalho, dado que, ainda hoje,
a Sociedade Hípica está de boa saúde e no mesmo local de
sempre…
No final dos anos 90 fundou, com o filho mais velho, uma
empresa de consultoria especializada em processos de con-
cursos públicos que, ainda hoje, agora sob a gerência do
filho mais novo, é uma referência no sector dos transportes,
representando grandes empresas nacionais e internacionais
em projectos estruturantes em Portugal.
Já no novo milénio, foi Presidente da Federação Equestre
Portuguesa, lugar que ocupou durante cerca de 10 anos,
deixando o legado de uma federação bem organizada e
activa, com capacidade financeira para apoiar os clubes
hípicos a modernizarem as suas instalações e os cavaleiros
das várias modalidades, que através dos resultados obti-
dos nos últimos anos, nas competições internacionais, são
a evidencia de que o Hipismo Português passou para um
novo patamar.
Ainda hoje mantém (e pratica) a paixão pelos cavalos, “riva-
lizando” com cavaleiros bem mais jovens em competições
de Dressage e transmitindo aos netos os mesmos valores
e ensinamentos da equitação que já havia transmitido aos
filhos. E, a avaliar pela energia com que vive cada dia, os
bisnetos que se preparem!