Sessão Especial Homenagem à Jerry Lewis
13 / 09 / 2017 O Mensageiro Trapalhão, de Jerry Lewis( The Bellboy: EUA, 1960- 72 min.)
Tudo pode dar errado- e dá- quando Lewis encarna Stanley, um mensageiro mudo e atrapalhado, no sofisticado Hotel Fontainebleau, em Miami Beach, na Flórida. Hóspedes podem chegar e partir, mas Stanley está de serviço dia após dia no elegante resort, experimentando toda sorte de catástrofes, incluindo embates com hóspedes de topless, chaves trocadas e telefonemas invertidos. Primeiro filme dirigido por Jerry Lewis.
Trechos de:“ O Mensageiro Trapalhão”, por Filipe Furtado. Íntegra: http:// www. contracampo. com. br / 69 / bellboy. htm [...] Quando passou para trás das câmeras com O Mensageiro Trapalhão, Lewis já tinha pouco mais de uma década como comediante popular, tendo um público cativo considerável. Nada mais natural, portanto, que ele montasse um veículo para sua persona cinematográfica. Só que Lewis radicaliza o processo ao optar por eliminar do fundo praticamente todos os elementos esperados, até ficar apenas com o essencial, ou seja, Jerry Lewis. O cineasta Lewis pratica aqui um esvaziamento completo do seu filme. O Mensageiro Trapalhão é o meu favorito entre os filmes de Lewis, mesmo que ele não tenha tantos momentos de experimento formal como veríamos em O Terror das Mulheres, O Professor Aloprado, O Otário e Uma Família Fuleira.
Estão aqui todos os elementos que marcariam o cinema posterior de Lewis: uma quase ausência de trama para ligar as gags, a figura do inocente bem intencionado em que ele já se especializara( e a sombra do famoso comediante sobre ela, a oposição destas duas figuras sendo o tema central de todos os filmes do período), a redução dos demais atores a meras escadas, o sofisticado trabalho com o espaço cênico. Só que em O Mensageiro Trapoalhão a trama esparsa inexiste de vez, os coadjuvantes são ainda mais marginais( incluindo a exclusão do habitual par romântico inexpressivo) e o espaço existe exclusivamente em função do corpo