Pedro Ribeiro
Os segredos do
shawarma
Um lanche muito consumido que possui uma história pouco conhecida. Essas características inversamente proporcionais que fazem do shawarma um prato tão especial. Seu consumo atravessa os séculos, porém sua história se perdeu ao longo do tempo. Sabe-se apenas que sua criação foi concebida no Oriente Médio, no entanto como a Grécia esteve sob o domínio do Império Otomano entre os séculos XV e XIX, não se sabe ao certo, qual povo foi o inventor do prato.
O shawarma é um lanche que pode ser consumido sem o uso de talheres e que consiste num recheio de carne vermelha [no Oriente Médio utiliza-se carne de carneiro] ou de frango, temperado com especiarias e misturado a tomate, cebola, batata frita e molho tahine, tudo isso enrolado em um macio e fino pão sírio.
No Brasil, o prato ganhou o famigerado apelido de “churrasco grego”, advindo das suas origens territoriais, o modo de servir é parcialmente similar ao utilizado originalmente, pois a carne assada também fica no espeto e é fatiada verticalmente, porém o pão, que é um dos detalhes principais da aparência do prato, é diferente no Brasil, aqui utilizamos o pão francês.
É muito comum para as pessoas que não conhecem bem o shawarma confundi-lo com o burrito, lanche tipicamente latino que tem a mesma aparência do prato oriental, porém são comidas bem diferentes. O burrito foi inventado no México durante a Revolução Mexicana, por um senhor chamado Ruan Mendez que vendia comida embrulhada em tortilhas, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, o transporte era feito em seu burro [em espanhol, burrito], o que deu o nome ao prato.
A dieta na península arábica é baseada em tâmaras, trigo, arroz, cevada e carne e considerando o clima que varia entre árido e tropical, podemos considerar que esses ingredientes e especiarias são encontrados em abundancia na região. A carne tipicamente consumida nessa região é a de carneiro, mas também são consumidos frangos e perus. Todos esses ingredientes são fundamentais no preparo do shawarma