Café com BlackBerry Edição 3, Novembro 2013 | Page 26

Opiniões & Comportamento “Quando eu mais precisei, você falhou comigo. Putz...” Essa foi a frase que disse no dia que resolvi mudar de sistema operacional! Estava assessorando num evento exigindo mais do que nunca do meu fiel amigo Bold 9900. Mandava e-mail, BBM, WhatsApp, SMS e acessava planilha com uma lista de convidados, tudo ao mesmo tempo. Por diversas vezes sabem o que ocorria? Aquela velha mensagem já conhecida entre nos usuários da plataforma: pouca memória ou memória fragmentada. La ia eu ficar horas com o telefone travado. Isso não ocorreu nem uma, nem duas vezes, foram várias e várias vezes. Pensei: é hoje que você irá para o Céu dos Smartphones. E não deu outra. Retornei de viagem, e a primeira coisa que fiz foi correr na minha operadora e falar: joga isso fora. Taca fogo. Pisa. Enterra. Tira essa coisa da minha frente antes que ele voe! Troquei o Bold 9900 por um Sony Xperia ZQ. Um excelente smartphone que atenderia as minhas necessidades. Será? Logo nas primeiras horas de uso fiquei encantado com a biblioteca de aplicativos, recursos de câmera, áudio, vídeo que são marcas registradas da Sony, não ha o que discutir nesse ponto. O sistema Android assusta um pouco, principalmente para uma pessoa que usava BlackBerry, mas logo você se adapta, ou não. Passaram mais alguns dias e advinha? Cadê o BBM? Porque todas as minhas contas de e-mail estão numa mesma inbox? Que saco, essa porcaria sincronizou coisas do GMail que nem sabia que existiam, como faço para apagar? Não faz. Uma vez que você sincroniza sua conta GMail, tudo o que tem lá, vem pro telefone. Tentei apagar aplicativos que não usaria nunca como o GTalk, que mudou de nome, e no instante seguinte la estava ele instalado novamente. Para editar documentos, compre um aplicativo. Vamos acessar um PDF? Sim, vamos baixar um aplicativo. Foram pequenas coisas que fazia com meu Bold, que agora ficariam para história? Não! Eu preciso dessas coisas, é assim que trabalho e me divirto. Eu preciso de ambientes separados, e não tudo misturado. Não deu outra. Comecei, de forma ensandecida, a busca por um Z10. Olha aqui, busca acolá, pergunta daqui, leva um não de la. E pensei: putz, pq ninguém quer um Android? Gente é um Sony! Puta smartphone! Estranho... Um dia, numa conversa, consegui um doido louco pelo ZQ, portando um Z10. Adivinhem? Não deu outra! Foi na hora. Não resisti ficar “dentro da moda”. Não somos das massas, somos pessoas que sabem o que querem, por isso somos usuários BlackBerry. Não estamos aqui por conta de uma biblioteca enorme de aplicativos, e sim por uma biblioteca qualificada de aplicativos que vão atender nossas necessidades. Queremos algo formal, solido, e que respeite o ambiente corporativo e pessoal ao mesmo tempo. Virei as costas e hoje estou aqui, me divertindo e produzindo com meu Z10. - Pedro Naibert pag. 26