Caderno de resumos do VII Seminário Temático Filosofia Ética e Políti Jun. 2016 | Page 27

exceção é a regra que desembocaria em todas as definições de vida nua e vida indigna de ser vivida do Homo Sacer e com isso, as implicações da biopolítica que ultrapassam os limites temporais apresentados por Foucault. Mas há nesta tese de Benjamin algo que vai além do tema do estado de exceção – mas que constitui-se no problema de construir uma outra concepção de História. Em nosso entendimento, trata-se de um tema fundamental em sua obra que merece ser melhor compreendido e problematizado. Trata-se da necessidade de refletir sobre o próprio tempo e suas articulações com a História, seu impacto na memória e nas possibilidades de testemunho. Mesmo não se considerando historiador, estes temas acompanharam toda a obra de Agamben e são a sustentação teórica para seus ousados conceitos políticos. É por isso, que precisamos tomar estas reflexões e relacioná-las com a própria escrita da história e os usos do passado na atualidade. Sua crítica a noção de tempo, instaura outra possibilidade de historicidade na medida que leva em conta a noção de experiência e o conceito de anacronismo para pensar“ o que é o contemporâneo” e a“ comunidade que vem”. A partir destas encruzilhadas que o autor apresenta ao oficio do historiador que esta comunicação pretende abordar e enfrentar conceitualmente. Palavras-chave: Tempo. Experiência. Agamben.
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