Caderno de resumos do VII Seminário Temático Filosofia Ética e Políti Jun. 2016 | Page 17
de nós mesmos que nos impele em direção à linguagem, mas
que, assim como o instrumento de tortura kafkiano, quando
nos encontra grava em nossa pele sua sentença limitando,
assim, nossa vida: “Assim, no momento da morte, a alma
vê seu anjo, que lhe vem ao encontro transfigurado, dependendo da conduta da sua vida, ou numa criatura ainda mais
bela, ou num demônio horrível, que sussurra: “Eu sou tua
Daena, aquela que os teus pensamentos, as tuas palavras e os
teus atos formaram. Com uma inversão vertiginosa, nossa
vida plasma e desenha o arquétipo em cuja imagem fomos
criados” (AGAMBEN, 2007, p. 21). A comunicação proposta tem por objetivo tentar esclarecer as seguintes questões:
Como Agamben fundamenta a linguagem na morte? Por que
a experiência que funda a linguagem não pode ser narrada?
Seria esse o ponto a parte “mais desagradável” (AGAMBEN,
2008, p. 71) que o discurso sobre a ética não teria até então
contemplado?
Palavras-chave: Linguagem. Ética. Sujeito. Kafka.
17