Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 363

Página | 363 OLHARES SOBRE A QUEBRADA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, ESTIGMAS E ESTEREÓTIPOS SOBRE ESPAÇOS SOCIAIS MARGINALIZADOS Gabriel Oliveira Nojosa [email protected] Rayilson da Silva Marques [email protected] Inaldo Bata Rodrigues (orientador) Universidade Federal do Maranhão [email protected] RESUMO: A pesquisa configura-se em uma abordagem sobre a realidade da organização e comportamento de indivíduos em comunidades marginalizadas, e como as representações sociais sobre o universo dessas pessoas é permeado por estigmas e estereótipos. Os mesmos, pelos seus marcadores sociais são conceituados como marginalizados em sua própria esfera de convivência. O sociólogo Willian White (2005) após uma análise minuciosa, observou que o conceito de “esquina” era visto como uma área “pobre e degradada”, porém, o qual desconstrói essa ideia em sua obra Sociedade de Esquina, percebendo na mesma que há uma organização específica de cada sociedade e seus respectivos indivíduos, logo há um estreitamento com a política. Nessa perspectiva busca-se mostrar como a sociedade do século XXI está se comportando com o crescimento de comunidades periféricas no Brasil e, exclusivamente, na capital do Maranhão - São Luís. Analisou-se as características organizacionais desses espaços e as representações sobre seus indivíduos, como o aparecimento das “novas” periferias, o crescimento dos marcadores sociais, o contexto histórico da construção de cortiços, a posse da “criminalidade” perante as comunidades com seus poderes internos que as permeiam como facções, lei e estatuto do crime, tribunal do crime e sua estrutura de ordem, dando ênfase a facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Metodologicamente o estudo compreende a revisão de literatura, realizada por meio de Bibliotecas físicas, digitais e base de dados online acerca do tema, citando os principais teóricos das ciências sociais e humanas como Willian Whyte (2005), Goffman (1891), Parker (1972), Moscovici (2007) entre outros. Conclui-se a necessidade de analisarmos o contexto social que estes indivíduos estão inseridos que, imprescindivelmente, são esses aspectos que os caracterizam e os sociabilizam, seja marginalizado ou não, surgindo assim, um campo de visão de estereótipos e estigmas tanto pela classe mais alta, como pelo poder governamental que não usam de suas políticas públicas de maneira direta e participativa nos movimentos sociais de uma comunidade periférica, (re)criando representações e ações de exclusão social, operando como marcadores sociais de identidade e diferença. Palavras-chave: Comunidades periféricas; Representações Sociais; Estigma; Estereótipo.