Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 314

Página | 314 BREVE HISTÓRICO DO MOVIMENTO INDÍGENA NO BRASIL ENTRE 1970 – 1990 Tatiana Soares Sousa [email protected] Julio Cezar da Conceição Nascimento [email protected] Orientador: Prof. Msc. Alexandre Ribeiro e Silva [email protected] Universidade Estadual do Maranhão do Sul - UEMASUL RESUMO: O presente trabalho faz um breve histórico do movimento indígena especificamente no Brasil, a função do mesmo não é narrar todo o contexto histórico do movimento indígena no Brasil, pois, são diversas conquistas ao longo desses anos que se trata a pesquisa. A pesquisa irá trazer alguns passos importantes desta organização nacional na trajetória dos povos indígenas entre as décadas de 1970 a 1990, quando se deu grande visibilidade sobre a organização indígena por todo o país. Antes da organização deste movimento as comunidades originárias da terra, viviam e habitavam com toda atenção voltada para suas atividades locais e necessidades de seu povo, a questão nacional era desconhecida até o momento, cada povo lutava, pela vida, por suas terras e por seus direitos de forma individual, sem ultrapassar seus territórios e suas demarcações. O movimento indígena não surgiu, por haver confrontos ou conflitos entres seus povos, mas, sim pela necessidade em ter um movimento próprio com a identidade e realidades indígenas de cada região onde os mesmos teriam autonomia dos próprios indígenas como protagonistas e idealizadores do mesmo. O movimento teria as ideias, das lutas, das diversas resistências que ocorreram e a liberdade dos grupos indígenas em dialogar entre seus grupos distribuídos por várias regiões do país. Este movimento traria uma maior visibilidade das comunidades indígenas existentes, pois, a sociedade perceberia a organização de fato acontecendo em diversas localidades do território brasileiro, um momento muito importante para as comunidades residentes nos aldeamentos, onde teriam uma maior percepção do poder público e da comunidade que se denomina como não indígena, seriam acompanhados de maneira mais ampla e democrática a nível nacional e internacional, por isso era de grande importância estarem bem organizados perante as visões afora de suas realidades locais. Se organizaram diversos debates sobre variados temas e discussões, relacionados aos direitos referentes aos povos indígenas, que precisariam estar organizados diante dos ataques que porventura viessem acontecer, o verdadeiro sentido, seria de lutar pelos interesses coletivos, pelo direito à vida e ao seu território de origem na qual resistem diariamente por diversos anos. Percebe-se que os indígenas sempre estiveram organizados de forma individual de cada povo e que sempre viveram em constate lutas e ataques daqueles que sempre tentar sujar a imagem dos povos originários, estes acontecimentos pode ser visto por diversas vezes no decorrer da história de nosso país, pois, esses povos sempre habitaram em nosso continente e resistiram desde o período colonial até os dias atuais, de certa forma “identificam-se várias formas de resistência indígena: lutas, revoltas, assassínios, suicídios, fugas, silêncios, escravidão, trabalhos forçados” passando por diversos períodos até os anos de 1970 e que jamais podemos desmerecer todo o contexto histórico do passado de todos os povos indígenas deste país (BICALHO, 2010 p.35). Bicalho (2010) afirma que embora o movimento indígena no Brasil, só tenha iniciado de fato nos anos de 1970, a conscientização pela luta social que estava sendo formada até então, nasceria em um contexto que haveria de ter resistência coletiva de todos, mais precisamente a resistência dos povos indígenas, que traria a unificação da luta para todos os demais grupos indígenas e o contato daqueles que porventura não haveria antes, “para