Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 260

Página | 260 MODELO DE HOMEM: O CRISTIANISMO ENQUANTO MOLDE CENTRAL DA CATEGORIA DE HOMEM NO OCIDENTE Breno Tomaz da Costa [email protected] Prof. Dr. Josenildo Campus Brussio Universidade Federal do Maranhão (UFMA) [email protected] RESUMO: Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a ideia de masculinidade suplantada por diversas esferas sociais que não poupavam esforços para reforçar o conceito de “homem viril, forte” o tipo que não chora, de uma masculinidade inquestionável, no que tange a montagem de homem verdadeiro. Metodologicamente, tratou-se uma pesquisa bibliográfica na qual trouxemos ao diálogo filósofos como Bourdieu ( 1989), Foucault (1999) e Jung (1998). A igreja católica e protestante, ambas acompanhadas da bíblia sagrada vêm como um tipo de imposição que reforça constantemente o papel de homem na sociedade e seus valores simbólicos de dominação Bourdieu ( 1989). Sobre está vem o patriarcado que reforça mais ainda as ideias de homem viril, nesse contexto é importante fazer os apontamentos de quais os mecanismos de dominação que foram importantes nesse processo milenar. Como resultados da pesquisa, temos que os valores de homem másculo podem se justificar na construção do modelo fabricado nos berços familiares, começando pela predominância da cor azul para menino e rosa para menina, esses símbolos que começam na criação constantemente e que são afirmados pelos bonecos super-musculosos, acompanhado de uma pose que demostra força física. Nesse norte, não se pode deixar de mencionar os carros de brinquedo, que são de praxe, símbolos do poder masculino passados às crianças por seus cuidadores, logo também são valores simbólicos que agregam em seu modelo o “homem futuro” (BOURDIEU, 1989). Os valores simbólicos são adquiridos ao longo do tempo, enquanto formato de construção e que se instala a longo prazo, bem como os valores que se tem sobre o que tange o homem, e como esses valores são difíceis de desconstruir, pois são simbologias de longas datas vistas com muita naturalidade pela sociedade, principalmente, pelo senso comum que vêm esses ideais de homem como naturais (BOURDIEU, 1989). Logo, não se percebe como essa visão descaracteriza outras faces de homens que não estão ligados diretamente ao tipo de indivíduo “hetero-normativo”. Todo esse arquétipo simbólico (JUNG, 1998) é rastreável a partir do instante que se olha os tipos de homens em suas diversas faces comportamentais de características que não contemplam definitivamente o tipo de homem moderno, em que surgem tipos de homens com traços de feminilidade mais acentuados (anima), em contraste com os imperativos da masculinidade (animus), conforme Jung (1998). Palavras-chave: Construção simbólica; Cristianismo; Gênero; Sexualidade.