Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 208
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A NATUREZA DA RELAÇÃO ENTRE CONATUS E LIBERDADE HUMANA EM
BENEDICTUS DE SPINOZA
AnaPaula Costa deOliveira
[email protected]
Orientadora: Profa. Ma. Fabíola da Silva Caldas
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Universidade Estadual do Maranhão
RESUMO: Nesta pesquisa busca-se investigar a natureza da relação entre o conatus e a
liberdade humana em Benedictus de Spinoza (1632-1677), com isso, vislumbramos a
possibilidade de afirmar que a liberdade humana é alcançada mediante o processo de
autoconhecimento, sobretudo no tocante às relações afetivas. Isto é, acredita-se que o processo
de liberdade está diretamente associado ao entendimento e conciliação do homem com seus
afetos. Nesse sentido, o filósofo moderno, pensa a respeito de uma ontologia gnosiológica ao
que concerne às paixões, afetos, conatus (esforço para perseverar na existência) eafecções
humanas (a forma como afetamos e somos afetados). Nessa perspectiva, trataremos ainda da
importância do conatus como forma de mediar a relação dos afetos passivos e ativos, para a
garantia de uma liberdade humana, destacando assim o processo de conhecimento e o caminho
que o indivíduo percorre na busca de uma vida alegre e potente.O filósofo traz em sua teoria a
importância dos afetos e como estes são constituintes da natureza humana, apresentando modos
por meio dos quais a potência varia, além de serem partes da experiência vivida. Os indivíduos,
permeados de afetos, passam de um estado a outro, isto é, aumentam ou diminuem seu grau de
potência no próprio ser. Desse modo, somente conhecendo os afetos e como estes manifestam-
se e desdobram-se é que podemos exercer um esforço de perseveração e auto-expansão da
existência.Diante desse contexto, destacaremos a relevância do conatus para a promoção da
liberdade humana, a partir de uma análise gnosiológica dos afetos e das afecções, em que o
conhecimento de si poderá propiciar ao homem uma força maior de vida utilizando-se da razão
e isso se dará de modo que o corpo aja conjuntamente com a mente, pois a liberdade diz da
capacidade em que o corpo atua conjuntamente com a mente, ganhando disposição para agir e
ser afetado de múltiplas maneiras, de tal forma em que o conhecimento e a aprendizagem sejam
múltiplos, possibilitando a homem tornar-se mais ativo e mais criativo, fazendo isso aproximar-
se-á da substância infinita, Deus. Só se é livre no mundo quando se age a partir da sua própria
natureza e tendo o conhecimento desta.
Palavras Chaves: Conatus. Liberdade humana. Afetividade. Autoconhecimento.