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FAKE NEWS: DE PROBLEMA SOCIAL À INSTRUMENTO CRÍTICO NO ENSINO
DE HISTÓRIA
Bruno dos Santos Nascimento26
[email protected]
Orientadora: Marize Helena de campos
[email protected]
Universidade Federal do Maranhão
Resumo : Os termos “Fake News” e ”pós-verdade” ganharam atenção especial pelo mundo a
partir de 2016. Eleita a palavra daquele ano, “pós-verdade” foi definida pelo Dicionário Oxford
como: “Um adjetivo relacionado ou evidenciado por circunstâncias em que fatos objetivos têm
menos importância na formação da opinião pública do que apelos por emoções ou crenças
pessoais”. Essa definição, um tanto rasa, a partir de então buscou compreender eventos como a
decisão do Reino Unido em sair da União Europeia, caso que ficou conhecido como Brexit
(neologismo para Britain e Exit) e, sobretudo, a eleição de Donald Trump para presidente dos
Estados Unidos. Tomados esses eventos, a imprensa internacional procurou dar atenção
especial ao consumo das chamadas notícias falsas, atribuindo a estas um status decisivo, como
influenciadoras de resultados eleitorais e difusão da desinformação e ódio cibernético a partir
de apelos emocionais e paixões pessoais. Compreendendo que estes fenômenos sociais não são
exclusividade do tempo presente, mas sim, que possuem certo grau de tendência histórica nos
diferentes âmbitos da vida social e que são mais construções narrativas específicas do debate
público em alto grau de tensão social, política e ideológica do que simplesmente "apelos por
emoções ou crenças pessoais", propomos fazer uma reflexão sobre o uso de tais informações
duvidosas no ambiente escolar, especialmente no que tange ao ensino de história; perceber
como a produção e difusão dessas informações falseadas sobre a realidade interferem na
compreensão sobre os ditos "fatos" históricos e as interpretações sintetizadas pelos alunos. Ao
final do percurso sugerimos que o uso de tais informações possa servir como instrumental
analítico e pedagógico no ensino de história; um combate sofisticado que prioriza a pesquisa e
o confronto dialógico de fontes, ou seja, confrontar informação duvidosa e a produção
especializada dos historiadores.
Palavras-chave: Fake News; Ensino de história; Pesquisa; Crítica dialógica
Graduando em História pela Universidade Federal do Maranhão, Campus São Luís – Ma, Av. dos Portugueses,
1966 – Vila Bacanga, São Luís – Ma, 65080-805.
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