Eis então, que Carlos apareceu. Durante aqueles poucos, porém inesquecíveis, minutos de brilho no palco do Cacos, Carlos movimentou as massas florestianas como nunca ninguém fizera, e foi extremamente ovacionado por isso.
Karine Bravo, aluna do curso de Publicidade e Propaganda, teve a honra de dividir o palco com o artista por alguns momentos. Mais de dois anos após acontecimento, ela ainda conta com alegria suas impressões sobre aquela noite: “Foi bizarro. Mas não de um jeito ruim, de um jeito engraçado! Ver um calouro todo vestido com uma roupa de látex vermelha grudada no corpo cantando uma música -que o refrão era ele repetindo o seu próprio nome- é uma coisa que não costuma acontecer no CACOS. Foi legal porque ao mesmo tempo que as pessoas estavam achando esquisito, ninguém ficou ridicularizando. Todo mundo entrou na vibe estranha dele e dançou junto!”
Muitas são as memórias a respeito desse dia histórico. No entanto, o grande propósito ao qual se presta esta reportagem não é apenas apresentar a figura de Carlos às futuras gerações, tampouco relatar os fatos que fizeram com que o Carnacacos 2014 entrasse para a história. A grande razão de existir deste trabalho jornalístico, na realidade, se refere ao esclarecimento de apenas uma única enorme e inquietante questão: ONDE ESTÁ CARLOS?
Muitas são as memórias a respeito desse dia histórico. No entanto, o grande propósito ao qual se presta esta reportagem não é apenas apresentar a figura de Carlos às futuras gerações, tampouco relatar os fatos que fizeram com que o Carnacacos 2014 entrasse para a história. A grande razão de existir deste trabalho jornalístico, na realidade, se refere ao esclarecimento de apenas uma única enorme e inquietante questão: ONDE ESTÁ CARLOS?
Sim, o grande mistério que cerca essa lenda da Floresta é o fato de que, passado o dia de sua performance, o menino Carlos nunca mais foi visto por aquele campus. E pior: Atualmente, não há mais nenhum registro fonográfico ou visual da existência desse grande artista pop. Seus perfis nas redes sociais também foram excluídos. Carlos literalmente sumiu do mapa, e fez com que apenas aqueles pouco mais de 100 florestianos presentes na festa tivessem a honra de presenciar um show quase mísitico. atestar a existência de seus dotes artísticos.
Especulações a respeito do paradeiro do astro não faltam. Há quem diga, por exemplo, que Carlos era um espião de uma certa bateria rival que teve que se infiltrar em nosso campus e, concluída sua missão, sumiu da floresta sem deixar rastros. Alguns dizem que ele seria a nova Sia, e permanece no cativeiro de Beyoncé, compondo músicas para o novo álbum da cantora. Também há aqueles que afirmam tê-lo visto no Uruguai, junto a Belchior, desfrutando das benesses do anonimato. Outros, por sua vez, juram que Carlos já se apresentou em cima de um trio elétrico no carnaval da Bahia. Ou, ainda, há quem jura tê-lo visto como dançarino de apoio da Lady Gaga em sua última turnê.
Entretanto, existem algumas explicações mais complexas do que essas e que colocam em xeque a veracidade dos fatos ocorridos na edição de 2014 do Carnacacos. Para Bruno Vieira, o episódio pode significar muito mais do que parece: “Eu nem sei se ele (Carlos) existiu de verdade. Talvez tenha sido apenas uma alucinação coletiva. Algo que a gente precisasse muito naqueles tempos difíceis. Carlos-Carlos foi uma lenda”.
No fim das contas, não importa o lugar. Carlos vive. E viva o Carlos!
DANIEL TOZZI
MARIA VITÓRIA ZENI