Cacos de Papel 2017 16 | Page 6

Onde está o Carlos ?

As especulações sobre o paradeiro da maior lenda pop que a floresta respeita.

7 de março de 2014, dez horas da noite, departamento de Comunicação da UFPR. Surge no palco do Cacos uma figura no mínimo singular. Trajando um surreal macacão de látex vermelho incrivelmente colado ao seu corpo e óculos cintilantes capazes de fazer inveja a Elton John, um jovem alto, magro e de cabelos castanhos leva a platéia ao delírio. Mal ele sabia, mas a partir daquele momento, durante muito tempo, na cabeça de todos que presenciaram a cena só haveria um nome, a ser repetido inúmeras vezes, tal qual no refrão de sua canção: Carlos, Carlos,Carlos!

Na época, a Floresta vivia mais uma efervescente semana do calouro, com suas festas, integrações, e é claro, as épicas vinhadas. Naquela noite de sexta-feira de temperatura amena ocorreu uma icônica apresentação musical que mudaria para sempre os rumos do campus mais topzera da Federal do Paraná e deixaria todos estupefatos com tamanha qualidade artística, estilo e talento reunidos em uma só pessoa.

Tudo começou quando Bruno Vieira, então membro da gestão do CACOS, organizava as atrações que se apresentariam no Carnacacos. A tradicional festa à fantasia do nosso querido centro acadêmico prometia ser, como sempre, um dos grandes eventos do calendário de festas do sul do Brasil e merecia atrações que fizessem jus à sua magnitude. O convite ao calouro “Carlos Carlos” - que era a webcelebridade do momento com o hit “Quero Mais”- para se apresentar na Floresta tinha tudo a ver com a ocasião.

Isabelle Santos, na época aluna do segundo ano de publicidade e propaganda e também membra da gestão do cacos em 2014, relembra com entusiasmo como aconteceu o convite: “Como era uma festa de carnaval a fantasia, nós estávamos atrás de uma atração divertida que combinasse com a festa”. Isabelle conta que Carlos já era um calouro conhecido, ele já tinha lançado sua carreira musical com o clipe Quero Mais (infelizmente não mais disponível na internet). “Se eu não me engano, foi no dia da festa mesmo que nós tivemos a ideia de chamar ele para tocar, foi tudo na correria e deu muito certo. Eu lembro que o Bruno ligou de tarde para ele e ele topou. Estávamos muito animados quando ele aceitou, mesmo, pois ia ser algo muito diferente ali no Cacos, onde geralmente se apresentavam bandas alternativas ou de rock.”