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Promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno no âmbito municipal Autoria: Paulo Germano de Frias /Leila Monteiro Navarro/ Ivanise Tiburcio Cavalcanti da Silva /Suely Arruda Vidal /Vilneide Braga Serva A Constituição Federal define a saúde como um direito fundamental de todo cidadão brasileiro a ser garantido pelo Estado através de políticas econômicas e sociais, capazes de reduzir os riscos de doenças¹. A lei que regula as ações e serviços de saúde no país, por sua vez, define como fatores determinantes e condicionantes da saúde a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, o acesso aos bens e serviços essenciais, entre outros². Portanto, para o alcance da melhoria de saúde de uma população é necessário a existência de ações efetivas que resultem em melhores condições de vida e, conseqüentemente, igualdade de possibilidade de saúde. Nas últimas décadas muito se avançou nessa direção; todavia, as iniqüidades econômicas e sociais entre as regiões do país, entre municípios de um mesmo estado ou ainda entre grupos de uma mesma população persistem e com elas o desafio da organização de uma rede de assistência à saúde capaz de cumprir os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Os reflexos negativos dessas desigualdades, traduzidos na baixa qualidade e acesso à assistência à saúde são sentidos de maneira mais intensa nos grupos populacionais mais vulneráveis como é o caso das crianças. Em conseqüência, indicadores relevantes como a taxa de Mortalidade Infantil (MI) permanecem elevados, em especial nas regiões de menor poder econômico e social do país, apesar do declínio apresentado nos últimos anos³. No início da década de 1990 a taxa nacional de mortalidade infantil (TMI) era de 47,1 óbitos por 1000 nascidos vivos; quinze anos após essa taxa era de 21,2‰; portanto, uma redução de 55% no período. Mesmo com diminuição em todos os estados as diferenças regionais se mantiveram, revelando as disparidades nas condições de vida da população do país. O Nordeste, apesar da relevante redução (58,3‰), apresentou as maiores taxas de MI entre 1990 e 2005 (75,8‰ e 31,6‰) (Figura 1). Figura 1. Evolução das taxas de mortalidade infantil (por 1000 NV). Brasil e grandes regiões, 1990-2005 A análise da MI na capital pernambucana no período de 1980 a 2007 revela importante redução desse indicador. Inicialmente era de 77,6 óbitos por 1000 nascidos vivos passando para 13 ao final do período. As taxas de mortalidade neonatal e pós-neonatal também apre- Aleitamento Materno - da visita domiciliar ao banco de leite humano 11