BOLETIM INFORMATIVO COMEX Volume 3 | Page 6

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EXTENSÃO EM FOCO

Salvando abelhas, promovendo a vida!

Quando se pensa em abelhas, normalmente, o que nos vem à mente é: ferrão e mel! Ou pior... Assassinas!! Essa percepção é muito restrita diante de seres tão complexos e grandiosa importância para a vida como um todo. Uma complexa rede de interações foi tecida ao longo de milhares de anos de coevolução, mantendo relações ecológicas que permeiam a existência de muitas formas de vida.

São mais de 20.300 espécies de abelhas trabalhando incansavelmente em harmonia com as plantas com flores, denominadas angiospermas. Flores essas que perfumam suas vidas, proporcionando-lhes o alimento, material de construção do ninho, locais de acasalamento, locais de descanso, “aconchego” em forma de calor, refúgio, e outras mais.

Perceber o mundo a partir da ótica das abelhas nos levaria a outra forma de ser, de estar... de viver em sociedade. Nos percebermos parte do todo é algo que nos foi usurpado, em um processo colonizado, massificado, capitalizado. Não parece fazer sentido, nos dias atuais, que nós, Humanos e “superiores”, dependemos fielmente desses seres tão pequenos, para não dizer inúteis, e que só sabem ferroar e provocar riscos a sociedade, e de vez em quando produzir o mel.

Entretanto, a história que não foi bem contada e que começa a ser esmiuçada com o despertar para uma vida mais saudável e mais harmônica, tem as abelhas como atrizes principais desse processo de transição paradigmática que estamos vivenciando. Nesse sentido, a polinização realizada por elas se destaca como sua principal função no ecossistema, uma dança nas flores e com as flores em um ato mutualístico. Mel, pólen, própolis, geleia real, cera, apitoxina são produtos que fazem parte da vida das abelhas sociais, mas que têm nas flores a base para todos. Aliás, as abelhas sociais são a minoria (20%) desse universo de mais de 20 mil espécies. As abelhas solitárias, por sua vez, não produzem nada disso, sendo a sua majestosa missão: polinizar!