BOLETIM INFORMATIVO COMEX Volume 2 | Page 4

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COMEX ENTREVISTA

A entrevista a seguir foi realizada pelo professor Alexsandro Bilar (UFRPE/UAST) com o Engenheiro Florestal Rodrigo Ferraz, Gestor do Parque Estadual Mata da Pimenteira. A sessão se deu na sala onde atualmente funciona a sede administrativa do Parque, na Estação Experimental Lauro Ramos Bezerra do IPA, em Serra Talhada/PE do dia 30/08/2017,

Prof. Bilar - Prezado Sr. Rodrigo, Bom dia! Queremos agradecer-lhe por nos receber e responder os nossos questionamentos. Inicialmente, gostaríamos que o senhor falasse um pouco sobre a importância e os objetivos do Parque Estadual da Mata da Pimenteira (PEMP).

Sr. Rodrigo – Antes de mais nada, o Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP) é uma Unidade de Conservação (UC) integrada ao Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza (Lei Estadual n°13.797/2009). É considerado um marco para a conservação pernambucana pois foi a primeira UC, criada no âmbito do Estado de Pernambuco, localizada no Bioma Caatinga. Dentre os objetivos do PEMP, podemos ressaltar, além da ampliação da representatividade dos ecossistemas estaduais protegidos, a proteção de espécimes endêmicas e raras ameaçadas de extinção, o fomento a atividades de pesquisa científica, a promoção da educação ambiental em contato com a natureza e a manutenção dos serviços ambientais essenciais para a sobrevivência humana.

Prof. Bilar – Quais são os principais desafios que o senhor vem enfrentando atualmente à frente da gestão do PEMP para alcançar os objetivos dessa unidade de conservação?

Sr. Rodrigo – Posso lhe elencar uma série de desafios, que não são exclusivos do Parque Estadual Mata da Pimenteira, mas também da grande maioria das unidades de conservação do Estado de Pernambuco. No entanto, vou citar os desafios que considero mais expressivos, são eles: a efetivação do uso público do espaço (cito implantação de trilhas e programa de guias), o uso controlado do fogo na zona de amortecimento (como prática agrícola para limpeza de área), evitar a caça e captura de animais silvestres e implantar a infraestrutura básica (sede administrativa, auditório, alojamento para pesquisadores).

Fonte: Acervo SEMAS