Um dos valores e objetivos do ISCEE relaciona-se
com o incentivo da cooperação nacional e internacional
com vista à melhoria da competitividade da investigação,
desenvolvimento e inovação. Considera satisfatórios os
protocolos de cooperação que existem entre o ISCEE e
organizações - nacionais e internacionais -, ou sente que
ainda existe um caminho a percorrer nesse sentido?
R.F.: O ISCEE tem um ADN de internacionalização o
que se pode constatar na sua oferta formativa nos diferentes
ciclos de estudo em parceria com vária Instituições Internacionais. No início do ano letivo 2014-2015, tivemos em
setembro de 2014 uma comunicação em Macau, em Novembro de 2014 foi apresentada outra comunicação em Angola
e temos várias comunicações em progresso e outras que já
foram aprovadas. Estamos integrados numa vasta rede internacional o que nos permite ter as melhores práticas pedagógicas a nível internacional, com base em protocolos sólidos e tiramos partido da excelente posição geoestratégica de
Cabo Verde e o excelente ambiente académico da Cidade da
Praia e Mindelo, para desenvolver a nossa política de I+D+I
no contexto da comunidade. Neste momento, estamos a trabalhar novas parcerias que se identificam com o nosso Plano
Estratégico de Desenvolvimento Institucional em especial na
oferta de cursos de ensino à distância e na oferta aos nossos docentes da possibilidade de frequentarem programas
de Doutoramento. Também, de destacar a mobilidade de estudantes e docentes ao abrigo de programas internacionais,
uma vez que Cabo Verde é Partner Country do Erasmus.
O ISCEE possui protocolos de cooperação com várias
instituições de ensino superior em Portugal. Como avalia
a importância desta ligação entre universidades dos países de língua portuguesa?
R.F.: Na realidade, temos protocolos com a maioria das
IES em Portugal estabelecidos ao longo dos 23 anos da nossa história. A verdade é que elaborar protocolos não é suficiente, é necessário ativar os mesmos. O ISCEE nos últimos
meses tem sentido uma crescente procura por parte das IES
em Portugal em consolidar a política de internacionalização
e em primeira linha o facto de a língua ser a mesma tem
facilitado essa aproximação. Existe, também por parte das
IES em Portugal a necessidade de internacionalizar como
referencial estratégico para a aprovação dos cursos por parte
da A3ES. O pedido de mobilidade de estudantes entre Portugal e Cabo Verde tem aumentado significativamente, o que
já acontece no ISCEE com outros Países. Os nossos planos
curriculares nas licenciaturas são de 4 anos ao contrário de
Bolonha que são 3 anos o que permite receber estudantes
em mobilidade com maior facilidade e apresentar uma oferta
formativa mais diversificada.
Considera que a AULP, enquanto meio de divulgação
e cooperação entre as universidades de língua portuguesa, pode potenciar e fomentar a criação de parcerias vantajosas para as instituições membros?
R.F.: A AULP tem realizado um trabalho de excelência
ao aproximar as IES no espaço lusófono, agora o desafio é
programar atividades concretas, nomeadamente no eixo ensino aprendizagem e na investigação. Temos de aumentar
o número de publicações com IES em Portugal, por exemplo, outros países em especial de língua francesa exploram
esta área e o índice de publicações está em crescimento no
domínio da língua francesa, em parceria com IES em Cabo
Verde. Assim, a AULP, no seu plano de atividades