Boletim AZR online 2ª edição | MAR 2017 | Page 10

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Orientação

“ O Desporto da Floresta”

“ A Orientação é o desporto mais divertido e completo que eu conheço. Correr depressa e sem esforço pela floresta é uma experiência estética e encontrar os pontos de controlo, nunca perde a sua magia.”( Carol Mc- Neill, 1989)
O DESPORTO ORIENTAÇÃO
Foi pela mão do Major Killander de nacionalidade sueca e líder escoteiro, que em 1918 nasceu a Orientação. Tendo como base o desdobramento da distância da Maratona por três provas, adicionou-lhe a componente de leitura de carta e a percepção da Orientação. A extraordinária adesão dos jovens motivou o primeiro Campeonato Nacional na Suécia em 1922( Mendonça, 1987).
Portugal aderiu à prática desta actividade desportiva por volta de 1973( primeiro Campeonato das Forças Armadas em Mafra), mas só em 1987, com a formação da Associação Portuguesa de Orientação( APORT), se começam a promover alguns encontros e se começam a produzir os primeiros mapas adequados à sua prática obedecendo às normas da Federação Internacional( I. O. F.- International Orienteering Federation). Pode considerar-se o ano de 1984 como o início da prática da Orientação no meio civil em Portugal. Até
à data, a prática da modalidade era restrita aos militares que, até há relativamente pouco tempo, ainda eram as maiores presenças nas provas do nosso país.
Em Novembro de 1990, é criada a Federação Portuguesa de Orientação( F. P. O.) e Portugal passa de mero espectador a praticante activo, tomando-se membro da I. O. F. e participando desde então, não só em Campeonatos do Mundo( 1991- Checoslováquia; 1995- Alemanha), como em outras importantes competições internacionais.
A Orientação podendo ser um desporto altamente competitivo, um jogo muito divertido ou uma actividade de recreação, pode encontrar uma definição simplesmente aproximada daquilo que é realmente esta actividade desportiva, seja ela encarada como uma competição ou simples actividade de ocupação de tempos livres.
O atleta corre com um mapa e uma bússola, escolhendo o seu próprio caminho, para encontrar um número fixo de pontos de controlo( vulgarmente designados por balizas) que estão marcados de uma forma precisa no mapa e estão materializados no terreno por um prisma triangular de cores laranja e branca com 30 cm de aresta, e um picotador com um código específico para picotar o cartão de controlo,’- que é transportado pelo atleta, de forma a comprovar a sua passagem. Cada baliza, é identificada por um número de código, que comprova que aquele é o controlo correcto do percurso. Este varia entre um a vinte quilómetros, contendo entre seis a trinta pontos de controle. A distância e dificuldade técnica, dependem da idade, sexo, experiência e condição física do praticante.
Em cada classe e escalão, o vencedor é quem encontrar todos os pontos de controlo pela ordem correcta, no mais curto espaço de tempo. Na sua faceta mais competitiva, a Orientação tem muito para oferecer ao atleta que goste de pensar e de correr.
Este desporto também está organizado por forma a oferecer um desafio a crianças e adultos de todas as ida-
31 de MARÇO de 2017- Boletim Semestral