emissões
UMA HISTÓRIA DA GUERRA ENTRE
A INDÚSTRIA
AUTOMÓVEL E AS
EMISSÕES TÓXICAS
(2ª parte)
Na década de 1950, a poluição atmosférica começou a
crescer a um ritmo quase exponencial e as grandes fontes
desse mal começaram a ser identificadas pelos especialistas
e reconhecidas pela opinião pública. A par das emissões
industriais, dos esgotos domésticos ou dos efluentes das
explorações animais, o automóvel começou a ser recenseado
como um dos “culpados” dessa situação. Foi nos Estados
Unidos que a poluição provocada pelos automóveis começou a
ser recenseada, muito por culpa da sua orientação industrial
e tecnológica em produzir automóveis pesados, equipados
com motores de grande elasticidade – isto é, de grande
capacidade com baixa potência – caracterizados pelos seus
altos consumos. Na realidade, após o conflito mundial,
vários factores como, por um lado, o crescimento da incrível
rede rodoviária e, por outro, a política de baixos preços dos
combustíveis fósseis, tornaram o tráfego norte-americano
num fluxo concentrado de “sólidos metálicos com rodas”
que tinham a particularidade de serem grandes emissores
de fumos com características mais perniciosas do que se
julgava. Os alertas começavam a ser dados e muitos foram os
cientistas que passaram a olhar para essa questão como um
problema emergente que urgia regulamentar.
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