Xixi na Cama: Cientistas descobrem gene que está ligado à enurese noturna
descoberta pode auxiliar no tratamento precoce do transtorno
No dia Mundial de conscientização sobre o Xixi na Cama, as entidades International Children's Continence Society (ICCS) e Sociedade Europeia de Urologia Pediátrica (ESPU), responsáveis pelas ações globais do Dia Mundial Sem Xixi na Cama (29/05) apresentam um estudo inédito sobre Enurese Noturna. A pesquisa feita pela Associação do Genoma (GWAS) em genes e variantes genéticas de crianças pode levar a uma identificação precoce do xixi na cama, e com isso melhorar as opções de tratamento para crianças que sofrem com o transtorno.
"Nós conhecemos o transtorno há mais de um século, e evidências sugerem um fundo genético para o xixi na cama. O risco de acordar molhado é 5 a 7 vezes maior entre as crianças com um pai que sofreu com o transtorno quando era criança e aproximadamente 11 vezes maior se ambos os pais apresentaram o problema”, disse Jane Hvarregaard Christensen, do Departamento de Biomedicina da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Fazer xixi na cama é uma condição médica comum que tem um impacto sério na autoestima da criança, no bem-estar emocional, incluindo o desempenho escolar e social. O xixi na cama também foi associado à função cerebral e problemas psicológicos. No entanto, após tratamento foram detectadas melhorias.
A Associação do Genoma utilizou uma amostra com base na população de cerca de 80 mil pessoas dinamarquesas. Os estudos de associação em todo o genoma funcionam através da varredura de marcadores em todos os conjuntos completos de DNA, a fim de encontrar variantes genéticas associadas a uma determinada doença.
De acordo com Jane, ao comparar a frequência de milhões de variantes genéticas em milhares de amostras de DNA de crianças que fazem xixi na cama, conseguimos demonstrar variantes genéticas específicas que contribuem para aumentar o risco de Enurese Noturna. “Este estudo é um primeiro passo importante para fornecer novos conhecimentos sobre os processos biológicos que levam ao transtorno”, diz.
Existem pelo menos dois principais mecanismos patogênicos em relação ao xixi na cama - uma capacidade de bexiga reduzida e o aumento da produção de urina durante a noite. Ao avaliar as crianças que receberam numerosas prescrições de medicamentos e que se esperava que tivessem uma resposta ao tratamento, os pesquisadores conseguiram dividir as crianças em sub-fenótipos clínicos e atribuir variantes genéticas específicas a diferentes mecanismos patogênicos. Além disso,
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