A ARTE
Este avanço técnico da fotografia Polaroid, a revelação instantânea, não influenciou apenas o mercado da fotografia, mas também teve um impacto profundo na arte contemporânea. A Polaroid tornou-se uma ferramenta poderosa na expressão artística, tornando-se um ícone cultural e estético, distinto devido às suas margens brancas, tamanho particular e imperfeições, que trouxeram imprevisibilidade e encanto à película instantânea.
Apesar de as câmaras instantâneas terem sido inicialmente direcionadas a famílias e fotógrafos amadores, a empresa teve sucesso em envolver artistas através do seu programa de apoio ao artista, que disponibilizava películas e tempo de estúdio gratuito a artistas como Robert Rauschenberg e Andy Warhol.
Warhol levava a sua câmara Polaroid consigo para todo o lado, fotografando e documentando tudo ao seu redor. Quando faleceu, deixou para trás mais de 60 000 Polaroids e fotografias instantâneas.
A Polaroid era cativante para artistas devido à:
- instantaneidade, o que significava avaliação e revisão imediata, em vez de o material ser enviado para um laboratório e ser esquecido durante algum tempo;
- qualidade das cores que apenas a Polaroid conseguia capturar;
- comunidade, já que a Polaroid Corporation fazia-os sentir bem-vindos e valorizados. Como uma empresa de inovação e exploração, criatividade era o mantra da Polaroid;
Mas os artistas nem sempre cumpriam as regras dos produtos. Muitos deles começaram a ajustar e a ultrapassar os limites do que a película Polaroid podia ou devia fazer, criando peças de arte únicas.
A fotografia Polaroid é mais do que apenas um formato; é uma experiência. O processo em si (capturar, esperar e ver a imagem aparecer lentamente) ensina-nos a apreciar a arte da fotografia.
Desde a sua estreia inovadora em 1948 até ao seu renascimento recente, a história da Polaroid é um testemunho do poder duradouro da criatividade e da inovação. A Polaroid ocupa um lugar de destaque na história: capturou inúmeras memórias, inspirou artistas de todo o mundo e provou que, mesmo num mundo digital, ainda há magia no físico. O fascínio coletivo pela Polaroid não mostra qualquer perigo de diminuir. ∎