Atualidade Cosmética 167 Atualidade Cosmética 167 | Page 14

painel complexidade um pouco maior, até pela quanti- dade de pontos e porque existe um sistema de distribuição um pouco mais diferenciado. Então é um desafio, mas o consumidor tem pedido. Obviamente a Natura tem de diferencial do re- fil, que ajuda a minimizar a geração de resídu- os, mas o que é demandado a gente voltar (para fazer a logística reversa). E, até porque a gente usa material reciclado pós-consumo em parte das embalagens, é até interessante a gente ter mais uma fonte de captação deste material. Ainda na questão da sustentabilidade, mas mi- grando para a questão dos ingredientes e ao uso da terra. A Natura tem todo um trabalho de ma- nejo ambiental para a extração das matérias-pri- mas da Amazônia. A biovegetalização desses ingredientes pode ser uma alternativa para mi- nimizar o impacto ambiental. Em linhas muito gerais, o que vocês pensam disso? Acho que tem dois pontos. A Natura, princi- palmente na região amazônica, trabalha com comunidades ribeirinhas. Toda vez que a gente desenvolve um novo ativo numa comunidade, buscamos garantir que realmente o manejo – principalmente aquilo que é extrativismo – seja sustentável, não só no seu processo, mas que mantenha a cadeia alimentar integrada àque- la região e que possa favorecer, até mesmo, a regeneração natural. O outro lado é quando a gente une natureza com ciência e tecnologia. Como podemos utilizar a biotecnologia para, a partir da extração de alguns ativos, fazer a multiplicação para novas matérias-primas? O que de certa forma demandaria uma menor quantidade de insumos. Outro aspecto ainda e que a gente tem aprendido em uma realidade econômica difícil na empresa, que é a de saber que a nós temos que respeitar o ciclo da na- tureza e que a safra é limitada. Portanto, nós teremos edições limitadas e comunicando aos nossos consumidores que quando acaba um lote, ele vai ter que esperar a próxima safra. A biotecnologia ainda favoreceria manter o lado social, já que as comunidades ainda trabalha- riam na coleta das sementes e a partir dessas sementes, desenvolver novos ativos ou poten- cializar novos ativos. AtuAlidAde COSMÉtiCA um novo olhar sobre os 60 anos E les já somam cerca de 30 milhões de pessoas e, a cada minuto, mais duas se somam ao grupo dos brasileiros que atingem a marca dos 60 anos de vida. E, acredita-se que eles chega- rão aos 30% da população até 2050. Que o Brasil está deixando de ser um País jovem para se converter numa nação mais madura já é sa- bido há um bom tempo. Mas isso não fez com que o mercado cosmético direcionasse parte equivalente das suas bateria para essa importante fatia do pú- blico. “A grande maioria do público 60+ ainda se sente invisível aos olhos de um mercado que não consegue enxergar suas necessidades”, explica o empresário Eric Larue, que lembra que com a ex- pectativa de vida batendo nos 80 anos, as pessoas querem viver as seus 60 anos muito bem, afinal, ter longevidade sem qualidade de vida não é salutar. É nesse cenário que Eric apresenta a Aura 60+, marca da beleza e bem-estar especialmente criada para atender às necessidades de pessoas de 60 anos ou mais. Um dos sócios do novo negócio, Eric fez carreira no laboratório farmacêutico Sanofi, onde atuou por 23 anos em posições locais e regionais. A ideia de criar a empresa nasceu em 2017, a 12 # 167 | jun/jul 2019