Atualidade Cosmética 167 Atualidade Cosmética 167 | Page 21

EXPOSITOR DA PHYTODERM E LOJA DA C&A: o varejo multimarcas finalmente está em condições de avançar com a categoria de perfumaria. Agora é hora da indústria fazer o seu papel. Um dos reflexos dessa evolução é que outras lojas de fast fashion como a Renner, incorporaram a perfumaria ao seu modelo de negócios, caso da Ria- chuelo (já há alguns anos), da Marisa e da C&A, que por muitos anos estudou sua entrada no mercado de beleza e teve uma experiência com a The Beauty Box. No início deste ano, a rede entrou, defi- nitivamente, com tudo na categoria. Isso fez com que a base de pontos de venda para a categoria, considerando apenas essas redes, mais do que dobrasse. “A performance da área de Beleza da C&A está alinhada às nossas expectativas e, sobretudo, à estratégia de negócios da companhia de oferecer a melhor experi- ência de compra para as nossas clientes, possibilitando que elas encontrem tudo que precisam em um único lugar”, ex- plica Donatti, vice-presidente Comercial da C&A Brasil. A bandeira inaugurou dois espaços exclusivos para a comer- cialização de perfumes, maquiagem e produtos para cabelos, corpo e banho em duas lojas físicas nos shoppings Center Norte e Interlagos, em São Pau- lo. Segundo o vice-presidente, como a receptividade foi grande, ainda no pri- meiro semestre deste ano a área de Be- leza foi inaugurada em outras três lojas nos shoppings Aricanduva e Ibirapuera, em São Paulo, e no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas. Embora no caso da categoria de per- fumaria, o portfólio seja muito baseada na oferta de marca importadas de luxo, como acontece com todas as concorren- tes aliás, a C&A vê espaço para ampliar a presença do sortimento de perfumes nacionais nas lojas. “Acreditamos no potencial e na qualidade dos produtos nacionais, sobretudo nos perfumes e na diversidade de fragrâncias desenvolvi- # 167 | jun/jul 2019 19 AtuAlidAde COSMÉtiCA das no Brasil. A C&A é uma marca di- versa e, por isso, nos preocupamos em atender os diferentes perfis e desejos das nossas clientes, sempre de forma demo- crática. Dessa forma, oferecemos uma ampla variedade de produtos nacionais e importados”, garante Donatti, que en- tretanto acredita existir um espaço re- levante a ser conquistado pelas marcas brasileiras, processo que, segundo ele, terá o apoio da C&A. Cláudio Eschecolla, presidente da Vizcaya, uma das maiores importado- ras de perfumes de luxo e que também opera com sua própria marca nos seg- mentos de cabelo e pele, pontua que não existe um movimento coordenado junto com as outras fábricas para construir este espaço. “Está todo mundo mais olhando o seu momento dentro do ce- nário nacional”, lamenta. De fato, ain- da são poucas as marcas brasileiras de qualidade que tem o varejo multimarcas como foco no caso da perfumaria. “In- felizmente várias empresas do setor já experimentaram atuar na categoria em algum momento de suas jornadas, mas não foram bem-sucedidas por não pos- suírem o expertise necessário para atuar com perfumes e colônias nesse canal”, reconhece Rafael Infantozzi, diretor da Phytoderm, marca focada na categoria de perfumes e cosméticos presenteá-