Ateneu Sociologia - Sociologia Brasileira | Page 11

expectativa de vida do brasileiro a u m e n t o u significativamente. Observe os números gerais apresentados acima. Mas a esperança de vida do brasileiro (que cresce a cada ano e que, pelos números de 2008, está em torno de 74 anos) ainda não está entre as mais expressivas do mundo. Melhor qualidade de vida, sem dúvidas, mas que trás problemas sociais e econômicos graves ao Brasil (em países desenvolvidos é considerada idosa a pessoa com pelo menos sessenta e cinco anos; em países subdesenvolvidos – como o Brasil –pessoas com, no mínimo, 60 anos, apesar de lei recente aprovada em nosso território considerar idoso o indivíduo com mais de 60 se possuidor de algum limite funcional) como dificuldades para a manutenção dos fundos da previdência oficial e do sistema de saúde, que não suporta tamanha transformação. A rede de esgoto oferecida no Brasil ainda está muito aquém do necessário. Em 1960, por exemplo, apenas 13% dos domicílios eram atendidos; em 1980, 27,7%; em 1990, 35,3%; em 2000, menos de 50%. No que se refere à rede geral de água, em 1960 21% dos domicílios eram beneficiados com água tratada e encanada; em 1970, 32,8%; em 1991, 70,7%; em 2000, menos de 80%. Isto em um país que tem um grau de urbanização crescente: até 1960, mais da metade da população brasileira morava no meio rural; hoje, menos de 20%. Um êxodo rural que é provocado pela ausência de uma política agrícola e agrária consistente, pela mecanização do campo, pela concentração cada vez maior de propriedades nas mãos de uma minoria e pela própria atração que a cidade exerce sobre os cidadãos. Os resultados práticos podem ser observados c l a r a m e n t e : marginalidade, v i o l ê n c i a , movimentos sociais pró-reforma agrária e por moradia (como o Movimento dos SemTeto), o que gera desequilíbrio social amplo. A