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Índice de Gini mede a concentração de renda de um país. Varia de 0 a 1 e,
quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição de renda; ao contrário,
quanto mais próximo de 1, pior. Em 1960, o índice de Gini brasileiro estava
em 0,50; 1970, 0,56; 1980, 059%; 1990, 0,63; 2000, 0,59. O elevado índice de Gini
apresentado pelo país nas últimas décadas, coloca o Brasil entre os países que
mais concentram renda. Para que tenhamos uma idéia melhor, observemos
índices de Gini de alguns países: Noruega, 0,20; Austrália, 0,32; Índia 0,37.
Repare agora nos números acima que atestam o crescimento da população
absoluta do Brasil. Houve, como esperado, um crescimento significativo (para
2010, espera-se uma população absoluta na casa de 200 milhões de brasileiros).
Vale observar que, no período em questão, o índice de natalidade caiu
significativamente, assim como o índice de mortalidade. Porém, a mortalidade
caiu muito mais intensamente do que a natalidade, o que nos dá um crescimento
vegetativo cada vez mais positivo (saldo entre o número de nascimentos e óbitos
em cada grupo de mil pessoas).
explicação da queda da taxa de mortalidade está no processo acelerado de
urbanização, no avanço da medicina preventiva, na evolução dos serviços
de rede de esgoto e água encanada, entre outros. Já a queda da natalidade
pode ser explicada pelo uso mais intenso de anticoncepcionais, pela urbanização
crescente e pela maior participação da mulher no mercado de trabalho.. Outra
curiosidade relaciona-se à queda da taxa de mortalidade infantil (número de
crianças mortas, em cada grupo de mil, antes de se completar 1 ano de idade): de
pouco mais de 160 em 1930 para menos de 30 em 2000. Mesmo assim, a taxa
ainda é uma das mais elevadas do mundo, em especial pelas condições dadas às
crianças em áreas mais carentes do país, em especial nas regiões Norte e
Nordeste.
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