- O ufanismo e nacionalismo buscando
exaltar o valor português;
- A sobrevivência do “ideal de cruzada”, ou
seja, o expansionismo
como missão
providencial lusitana a serviço da fé
católica;
- Influência da cultura greco-latina com
seus símbolos mitológicos;
- linguagem rica e elegante, consolidando
excelência literária ao idioma;
- Antropocentrismo na valorização de
feitos valorosos na busca de novos
horizontes;
- A noção de coletividade do herói, que ao
contrário das epopeias clássicas que
celebram heróis individuais, traz o povo
português como herói coletivo.
Invocação (C.I, 4 e 5)
4
“E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene.
5
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.”
(C.I, 4 e 5)