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RUGBY UNION
Por Pablo Costa Rodrigues
O Rugby Union, dentro do contexto do Apartheid, entra literalmente como um vetor de união. A ditadura segregacionista dividiu não somente as pessoas, mas também as línguas, culturas, comunidades e até famílias, e essa falta de identificação do povo africano com seu semelhante continuou mesmo com o fim do Apartheid.
Em Junho de 1995 essa história começou a mudar, quando o time de Rugby dos Springboks derrotou o melhor time da modalidade, os All Blacks da Nova Zelândia. Com total apoio de Nelson Mandela, ativista pró-democracia e presidente neste período, o capitão do time, François, motivou seu time a jogar por um ideal maior que muitos trys (pontuação do Rugby) ou boa fluência em jogo, eles estavam motivados pelo ideal de vivificar o "Union" presente no nome da modalidade.
Ao fim da partida, os mais de 62 mil torcedores presente no estádio de Ellis Park, em Joanesburgo, já haviam vestido a mesma camisa (do time), cantado na mesma língua e sentido união quanto nação. De fato, os esportes nos expõem à fortes emoções, e nesse caso não foi diferente, a mentalidade de uma nação entrou num processo de metamorfose e um novo ciclo se iniciou através de um simples momento de felicidade em união.