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Logo, é retomada a tendência de anular conquistas históricas em razão da ofensiva do capital para mercantilizar direitos sociais. Na conjuntura de transição da composição demográfica, propensa ao envelhecimento populacional, efervesceram as contradições sobre a questão da atuação do estado na dimensão da seguridade social e no setor previdenciário. Deste modo, surgem os antagônicos “conservadores”, que enfatizam a relação entre déficit e previdência, e os “progressistas”, que defendem o denominado Estado de Bem Estar, assumindo para si o amparo populacional. Embora as adaptações ao novo panorama econômico e populacional devam ser cogitadas, deve-se considerar o grande número de pessoas que serão afetadas e preservar os pilares que sustentam o setor de gastos com a previdência.
Em suma, conclui-se que ambas as reformas sancionadas no Brasil procedem de princípios neoliberais e almejam regulamentar as relações de trabalho ao capitalismo contemporâneo, de tal modo que dilatam as formas de desigualdades, sobretudo em uma sociedade onde “os que trabalham não lucram e os que lucram não trabalham” (Karl Marx). Logo, trata-se de um desmonte de direitos conquistados que deveriam ser considerados mínimos e fundamentais para proteção do trabalhador. Todavia, a dominação das oligarquias prevalece nas mais diversas esferas sociais e os trabalhadores são submetidos cada vez mais a condições vulneráveis e seus direitos são convertidos em meras mercadorias. É relevante mencionar que, tendo em vista as tendências políticas atuais, é provável a concretização de tais medidas.