ANALISE REVISTA | Page 6

A liberalização econômica, assunto de extrema importância atualmente, é um processo que ocorre desde 1980, porém pegou bastante força nos anos 90, com os governo Collor e FHC, sendo que com a entrada do governo Lula teve certo freio nesse aspecto, com tentativas de reformas trabalhistas sociais e fortalecimento das instituições públicas, porém ainda tinham certas medidas de flexibilização. Com o enfraquecimento do governo do PT em 2013, a pauta liberal voltou à tona, o que se tornou mais forte com o avanço da crise econômica e política e o impeachment do presidente Dilma e o Governo Temer. Atualmente está se falando do documento “Uma Ponte Para o Futuro” elaborado pelo PMDB, que propõem mudanças nas jornadas de trabalho, contratação e demissão, remuneração e condições de trabalho. Exemplos de medidas são que grávidas podem vir a trabalhar em regiões insalubres e a higienização de uniformes deve ser feito pelo trabalhador, ampliação de carga horária para até 2 horas, a empresa pode vir a apropriar-se das gorjetas sendo que ela também afeta os sindicatos, estrangulando-os economicamente e limita sua influência. Não existe real evidencia de que isso melhoraria a condição brasileira, e sim de que o inseria ainda mais na globalização. Toda essa regulação privada causa a mercantilização do trabalho Essas medidas vão contra as ideias de Rousseu, que propunha um estado igualitário onde cada um tem seus direitos. Na verdade, isso comprova a ideia dele de que a propriedade privada é o que corrompe o homem e como a sociedade o torna mal. Outro conceito que pode ser usado é o de Stuart Mill, o “Harm Principle”, que diz que o poder estatal pode ser usado quando a liberdade de alguém pode vir a sofrer dano. Ao passar as regulamentações para o serviço privado, acaba-se negando esse princípio, visto que o estado não vai poder vir mais a ajudar o trabalhador caso o patrão venha a ferir sua liberdade por meio de leis exploratórias