❧ "Carteira do Artista: Apontamentos para a historia do theatro portuguez e brazileiro", de Sousa Bastos (Lisboa: 1898).
14 de abril de 1894: nasce no Porto Alberto Pimentel. Neste livro escrito pelo dramaturgo, empresario teatral e jornalista português Sousa Bastos en-contramos informações sobre o teatro português e brasileiro produzido até a sua época – a segunda metade do século XIX. Dentre elas, há pequenos comentários sobre os diversos nomes daqueles que foram seus autores, incluindo Alberto Pimentel.
Na figura multiversátil de um homem das letras à sua época, Pimentel foi – além de inumeras outras ocupações – um poeta, escritor e tradutor cujas obras estiveram presentes nos palcos portu-gueses da segunda metade do século XIX. Também devemos destacar que a gravura presente neste livro é uma das poucas imagens do autor encontradas em nossa pesquisa.
"Carteira do artista" (1898), p. 509 e 515 - archive.org
❧ "Poetas e prosadores: à margem dos livros”, de Júlio Brandão (Braga/Porto:1920).
Os recortes à direita são de uma das mais importantes fontes para pensarmos a represen-tatividade de Pimentel enquanto um bom escritor português à sua época. Nestas nove páginas de críticas positivas ao romance O melhor casamento, a partir dos comentários do crítico, podemos per-ceber todos as características e critérios que – ao longo deste dossiê – apresentaremos como impor-tantes para a qualificação das obras de Pimentel se-gundo o olhar da crítica literária em sua época. Podemos enumerá-los da seguinte maneira:
1 . "Admirável vernáculo": aqui vemos a amizade e a admiração mútua entre Pimentel e Camilo Castelo Branco.
2. "Os carmes ultra-românticos": destaque para o estilo do autor marcadamente sentimental, saudo-sista e desiludida com o presente.
3. "E esta obra é enorme": menção à numerosa e diversificada produção literária do autor.
4. "As qualidades eminentes do historiógrafo": grande parte dos romances de Pimentel represen-tam acontecimentos e tradições do passado portu-guês, sendo a fidelidade história um dos critérios levado em consideração na criação de seus romances.
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"Poetas e prosadores: à margem dos livros” (1920), p. 205, 206, 208 e 209 - archive.org