populares, que reúnem música, dança e saberes.
Ele também destaca a gastronomia e as tradições religiosas como agentes participantes na construção identitária do jovem Estado. “Na culinária, na religiosidade, todos esses elementos neste movimento constante de atrito entre o encontro de culturas, geram e forjam uma nova face, só com o tempo é possível percebermos este pertencer, a cultura que gera identidade tem cara de novo e antigo, só é estranho o que não conhecemos. A ‘tocantinidade’ é o povo que traduz e inventa, ao artista cabe provocar essa reflexão através do
seu olhar global, local e contemporâneo.”
Genésio é feliz com o trabalho que desenvolve e assegura que todo esforço vale a pena. Ainda afirma que, muito há de ser feito para a consolidação de um território cultural, para que o tocantinense se sinta como tal, um privilegiado por habitar esse espaço, construindo e assumindo a sua ‘tocantinidade’, “Hoje, num momento em que se intensifica a busca de uma identidade cultural para o povo tocantinense, é mais do que necessário que o artista percorra o caminho de volta as suas raízes, realizando encontros musicais, concertos e recitais, shows livres, abertos e interativos".
A criação de uma canção é todo um processo que não há uma fórmula ou forma, e sim uma busca constante de um tema, da nota que soa melhor a palavra com a melhor sonoridade, o ritmo que melhor conduz aquela música, o compositor há de estar em sintonia permanente com as ondas sonoras que embalam os sonhos e o sono das pessoas. ”
“Profundamente ligados aos ciclos agrícolas e às festas religiosas, as manifestações acolheram os ritmos das culturas originais – indígenas negras e branca marcadamente portuguesa - gerando ritmos e danças, tais como catira, súcia ou sússa, taieras, jongo, congo, tambor de crioula, lundu, samba, coco (com sua mistura que envolve baião, xote, xaxado e forró) e outros".
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