Em Destaque
4 A Voz dos Reformados | Maio / Junho 2022
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Congresso do MURP
« As associações de reformados devem envidar esforços para combinar atividades relacionadas com as respostas sociais com outras dirigidas aos idosos da comunidade donde provêm ». Joaquim Gonçalves
« É necessário incentivar e apoiar o reatar da vida associativa, retomando a vida democrática de todos os órgãos sociais, assegurando o normal funcionamento das associações de reformados, pensionistas e idosos e dos seus grupos culturais » e « garantir a todos os reformados, pensionistas e idosos o direito à fruição cultural e desportiva ». José Núncio
« Envelhecer com dignidade e direitos tem, sobretudo, a ver com uma estratégia sobre as questões do envelhecimento que, baseada nos direitos dos reformados, pensionistas e idosos, garanta que viver mais tempo signifique fazê-lo com qualidade de vida, com autonomia económica, bem-estar físico, psicológico e social, prevenindo os riscos de pobreza, e uma eficaz proteção na doença e na dependência ». João Araújo
« Os idosos, nestes últimos dois anos, foram verdadeiros heróis.(…) Mas é verdade que a pandemia teve efeitos negativos, sobretudo para a saúde mental dos idosos ». Anita Vilar
« No Algarve, uma região em que o envelhecimento da população é bastante acentuado, e as carências de equipamentos e apoios são mais que insuficientes, ficando muito caminho por percorrer, há trabalho realizado que importa que o Congresso tenha conhecimento ». Matilde Mendonça
« No início tudo foi facilidades e compreensão, mas com o decorrer dos anos a Segurança Social foi exigindo alterações, sem que tenha efetuado a outra parte da cooperação – os apoios financeiros ». Fernando Sousa
« As convenções, em particular, são um instrumento valioso no sentido de avivar e despertar a consciência coletiva das nações. A recente presidência portuguesa da União Europeia poderia ter sido um momento desses ». António Bernardo Colaço
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Sob o lema « MURPI, força de Abril – Agir na defesa dos reformados, consolidar o Movimento Associativo », realizou-se, no dia 14 de Junho, em Setúbal, o 10.º Congresso da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos. No Fórum Municipal Luísa Todi fez-se um balanço do mandato 2019-2022, debateram-se os principais problemas desta camada social e aprovou-se o Programa de Ação para os próximos três anos. Foram também eleitos os novos Corpos Sociais. Isabel Gomes e Casimiro Menezes são, agora e respectivamente, presidentes da Direção e da Assembleia Geral do MURPI.
A mesa da presidência deste Congresso era composta por Augusto Barbosa, Bernardo Loff, Casimiro Menezes, Isabel Gomes, Isabel Quintas, Joaquim Gonçalves, José Abreu, José Núncio, Manuel Passos, Manuela Morais, Pinto André, Ricardo Galhardo, Saúl Fragata e Zita Salema. Integravam a Comissão de Redação: Casimiro Menezes, Isabel Quintas, João Araújo e Joaquim Gonçalves. Já a Comissão Eleitoral contava com Amélia Vicente, Isabel leal, Joaquim Ricardo e João Ribeiros.
Arranque dos trabalhos Após a atuação do Grupo Coral de Cante Alentejano Feminino da Associação de Reformados da Torre da Marinha, coube a André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, a primeira das cerca de 30 intervenções proferidas durante o Congresso, onde foram debatidas « questões centrais na vida de quem », após uma vida de trabalho, « continua a sofrer com exíguas pensões de reforma » ou « as cada vez maiores dificuldades em aceder ao Serviço Nacional de Saúde( SNS). Começou por lembrar que em Portugal se « envelhece cada vez mais e mais rapidamente », como se atesta nos Censos de 2021, onde se regista 182 idosos por cada 100 jovens. Para inverter esta realidade, André Martins defendeu « a adoção de
novas políticas que favoreçam a natalidade, a par de políticas que, ao invés de desprezarem os idosos, os valorizem e promovam para estas pessoas uma vida mais ativa e com mais qualidade, nomeadamente em matéria de acesso a cuidados de saúde ». Seguiu-se a intervenção de Casimiro Menezes, ainda na qualidade de presidente da Confederação. Assinalou a presença de delegados( 234) e convidados de todo o País, vindos dos distritos de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre, Litoral Alentejano, Faro e da Região Autónoma da Madeira. Assistiram ainda aos trabalhos um deputado do Grupo Parlamentar do PS; presidentes de juntas de freguesia; delegações do PCP, do PEV e da ID; Bernardo Colaço, Juiz Conselheiro, jubilado, do Supremo Tribunal de Justiça; representantes da CGTP-IN, da Inter-Reformados / CGTP-IN, das uniões de sindicatos de Setúbal e de Lisboa, do STAL, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e da Fenprof, da Federação de Sindicatos da Função Pública,
do SIESI, do SINAPSA, do MDM, da Associação de Apoio às Pessoas com Cancro, da Confederação Nacional de Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, do CPPC, do Movimento pela Erradicação da Pobreza e da ACR.
44 anos de luta Perante uma plateia de cerca de 500 pessoas, Casimiro Menezes recordou que no passado dia 27 de Maio a Confederação – detentora de « um importante património de intervenção que foi ganhando prestígio » – completou 44 anos. De olhos postos no futuro, referiu ser, cada vez mais necessário, o reforço do MURPI « para as lutas que se avizinham, pelo direito a envelhecer com dignidade ». O dirigente fez, depois, um balanço do trabalho realizado entre congressos( 2018-2022). « A Direção e o conjunto de dirigentes eleitos no 9.º Congresso souberam interpretar a necessidade de continuar a lutar pela recuperação de rendimentos e direitos, exigindo o descongelamento