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Dia-a-dia da oposição

Durante toda a ditadura militar no Brasil, houve diversos impactos na população. Uma vez que era um regime totalitário e que estavam torturando pessoas que eram comunistas sendo consideradas traidoras, isto foi devido ao apoio do Brasil ao Estados Unidos durante a Guerra Fria. Ser comunista era sinônimo de terrorista e se combaterem eles, iriam defender o Brasil e protege-lo.

Quem acabou sofrendo não foi um público específico, segundo NASSIF (2014), a medida que o governo continuava, havia mais imposição e mais tortura, muitas pessoas desapareceram e morreram neste período. Era usado desde choques elétricos até nos casos das mulheres era realizado estupros. Depois disto, quando a pessoa vinha a óbito, normalmente um médico disfarçava as marcas de sofrimento e falava que era morte por causas naturais.

Um relato de uma pessoa que sofreu tortura, segundo Toledo:

“Fui preso político do DOI-CODI em São Paulo, em 1972/73, lá os torturadores nos obrigavam a ler o famigerado jornal Folha da Tarde; era uma das formas de tortura, pois o dito periódico trazia sempre manchetes de presos políticos assassinados. Os títulos das manchetes eram sempre os mesmos: ‘Terrorista morto atropelado quando fugia da polícia’; ou então, ‘terrorista morto quando reagiu à prisão (...)”

A tortura acabou deixando marcas muitos fortes na história e nas pessoas, sendo que as pessoas que sobreviveram a isto eram vigiadas e ameaçadas pelo regime.

No período de 1940 a 1983 houve um estabelecimento ocupado pelo Deops/SP, sendo eles a polícia mais bruta da época. Hoje em dia, neste mesmo lugar, existe um museu chamado “Memorial da Resistencia”. Nele contém memórias da ditadura, da parte das pessoas que resistiram a este período, há documentos conservados sobre o período, exposições e dentre outras coisas.

Por: Lumena Varella