A mídia ditatorial
Por: Andressa Rocha
A ditadura, como bem sabemos, foi marcada por uma de suas características ter sido a censura, principalmente por parte da mídia. Havia perseguição aos participantes que se recusavam a apoiar a ditadura e iam a favor da democracia, sendo assim, eram obrigados a apoiar e colaborou com o golpe contra João Goulart. Para a professora de sociologia da UNESP, Anita Simis “os meios de comunicação são meios-chave em qualquer tentativa de mudança ou alternância no poder. Aqueles que querem dar um golpe tentam controlar a mídia” pois a mídia é um veículo de informações que abrange a maioria da população e consegue distorcer informações e manipular os pensamentos de quem absorve. Redes televisivas como por exemplo a Rede Globo tinha diversos privilégios do governo só pelo fato de manipular as informações da população, tornando-a cada vez mais famosa. É possível associar tudo isto ao conceito de Industria Cultural de Adorno e Horkheimer, onde em meio à uma situação caótica a mídia torna-se um guia que orienta os indivíduos e diminui as tentativas de revolta contra o sistema. A Industria Cultural transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente, sendo algo muito característico deste período. Havia uma proibição de falar sobre as torturas e assassinatos durante o período, fazendo com que muitos acreditassem que apenas foras da lei receberiam tais penas. “O Pasquim” foi um dos únicos veículos da época que teve diversas tiras censuradas e se posicionava totalmente contra o Regime.