do plano de metas , ao plano real
A década de 1960 deve ser lembrada também
pelas várias medidas governamentais em benefício da industrialização, como o Conselho de
Desenvolvimento Industrial (CDI), que veio
incorporar as funções dos antigos grupos executivos setoriais de desenvolvimento, voltados
à administração de incentivos fiscais. Também
foram criados, em 1966, o Conselho Nacional
de Comércio Exterior (Concex) e o Fundo de
Financiamento à Exportação (Finex – atual
Proex). No ano seguinte, o Banco do Brasil
criava a Carteira de Comércio Exterior (Cacex).
Também nesse ano se instalou a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa),
com a missão de ajudar o desenvolvimento da
Região Norte, trazendo indústrias para o pólo
industrial amazônico. Foi criada uma área de
livre comércio de importação, exportação e de
incentivos fiscais especiais.
Outro passo importante é a criação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(INPI), que substituia o antigo Departamento
Nacional de Propriedade Industrial (DNPI).
O Brasil chega, pois, ao final da década de
1960 com imenso potencial de crescimento e
ainda algumas questões estruturais a ser resolvidas. Nesse contexto, cresce a influência
do economista João Paulo dos Reis Velloso,
chamado pelo presidente Emílio Médici para
desenvolver as bases do I Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND). O novo programa
se concentra intensamente na urgência de propiciar eletricidade e outros insumos a grandes
companhias sedentas de condições para expandir a produção.
O velho Plano de Metas foi reformulado, e
antigos sonhos como a Mega-Hidrelétrica de
Itaipu, usinas nucleares, a Rodovia Transamazônica e outros projetos grandiosos são retomados. O PND vigorou até 1975.
A usina de Itaipu foi um dos projetos que
mais teve sucesso. As negociações para a construção da hidrelétrica, iniciadas nos anos 1960,
ganharam força nos anos 1970. Em 1973, o Brasil e o Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu
– que sinalizava para o aproveitamento hidre-
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CACEX, CONCEX,
PND
Minério de ferro da
Companhia Vale do Rio Doce
Mina de Carajás, no Pará, de onde a Companhia
Vale do Rio Doce extrai minério FRfW'&