A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 89

do plano de metas , ao plano real A euforia dos anos de JK deu lugar, nos anos 1960, a um quadro mais agitado e incerto no Brasil. O analfabetismo crônico, o serviço público atrasado e burocrático, o despreparo técnico e científico e alguns resquícios escravocratas condenavam o país a viver em duas velocidades diferentes: o desenvolvimento e o atraso. Coube ao diplomata e economista Roberto Campos tentar orquestrar a modernização produtiva do país. Seu Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) visava acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e o emprego e corrigir a tendência ao desequilíbrio nas contas externas. O controle inflacionário era visto como precondição para a retomada do desenvolvimento, e o combate à inflação só poderia ser feito acoplado às reformas institucionais. O PAEG reformou o sistema financeiro, estancou a emissão de moedas, garantiu a poupança com a correção monetária. Foi criado um Banco Central, para regulamentar e conduzir a estabilidade, abriuse caminho para os trabalhadores ingressassem no mercado de capitais por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, se por um lado a inflação estava administrada, por outro o Paeg não contribuía para o crescimento do país. Sob o argumento de promover o saneamento básico, o plano utilizou medidas restritivas. Resultado: a 3 89 Trepidante década de 1960 O diplomata e economista Roberto Campos criou o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), buscando coordenar a modernização produtiva do país